Mamãe, sinto-me tão órfão e solitário,
um vazio me deixa triste e sem ação…
Em meu íntimo, choro muito de emoção
à chegada do Dia das Mães no calendário.
Como eu gostaria de ter o compromisso
de ainda ir à loja e comprar o teu presente,
de passar a teu lado um domingo diferente,
e de muitos dias antes, feliz, só pensar nisso.
Saudoso, ainda me lembro de tuas reações,
de teu choro de alegria, com gestos todos teus,
diante da vasta prole, abençoada por Deus,
cenas já sem reprise; hoje meras recordações.
Como era fácil teu sorriso a qualquer piada,
mesmo das sem graça que um dos filhos dizia;
que saudade da família reunida com alegria,
que vontade de saborear tua macarronada!…
No Dia das Mães, agora só me resta um afazer,
levar flores à tua campa, numa esporádica visita,
beijar aquela tua foto, de mirada meiga e bonita,
ritual que vai se repetir enquanto eu não morrer.
Ógui Lourenço Mauri
Rosa Barbosa de Aguiar
30/08/1938
a
05/03/2013