discurso da epistemologia e suas definições tão exatas. Diante da página em branco eu visitava minhas lembranças felizes, quando na mais tenra
infância eu via meu pai chegar em sua bicicleta Monark, trazendo na
garupa um imenso saco de laranjas. A cena era tão concreta dentro de
mim, que eu podia sentir a felicidade em seu odor cítrico e nuanças
alaranjadas. A vida feliz, parte miúda de um tempo imenso; alegrias
alojadas em gomos caudalosos, abraçados como se fossem grandes amigos,
filhos gerados em movimento único de nascer. Tudo era meu; tudo já era
sabido, porque já sentido. Mas como transpor esta distância entre o que
sei, porque senti, para o que ainda não sei dizer do que já senti? Como
falar do sabor da laranja, mas sem com ele ser injusto, tornando-o
menor, esmagando-o, reduzindo-o ao bagaço de minha parca literatura?
Não hesitei. Na imensa folha em branco registrei uma única frase. “Sobre o sabor eu não sei dizer. Eu só sei sentir!”
Eu nunca mais pude esquecer aquele dia. A experiência foi reveladora. Eu gosto de laranja, mas até hoje ainda me sinto inapto para descrever o seu gosto. O que dele experimento pertence à ordem das coisas inatingíveis. Metafísica dos sabores? Pode ser
Sєjαм Bєм-Viηdσs!!!
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"Virgem Maria, Mãe de Deus e nossa Mãe,
ao vosso Coração Imaculado nos consagramos,
em ato de entrega total ao Senhor.
Por Vós seremos levados a Cristo.
Por Ele e com Ele seremos levados ao Pai.
Caminharemos à luz da fé e faremos tudo
para que o mundo creia que Jesus Cristo
é o Enviado do Pai.
Com Ele queremos levar o Amor e a Salvação até
aos confins do mundo.
Sob a proteção do vosso Coração Imaculado
seremos um só povo com Cristo.
Seremos testemunhas da Sua ressurreição.
Por Ele seremos levados ao Pai, para glória da
Santíssima Trindade, a Quem adoramos,
louvamos e bendizemos.
Amém."
— CONSAGRAÇÃO AO IMACULADO CORAÇÃO DE MARIA