(Paulo Roberto Gaefke)
Na busca do amor,
os rastros se espalham pela estrada da vida
e criam um caminho sem volta,
o amor é uma armadilha deliciosa!
Talvez o amor seja um porto,
onde ancoram navios de todo o mundo,
o coração é o cais,
que guarda lugar para um navio
de cada vez fazer sua parada,
uns saem apressados,
passam apenas,
sem deixarem marcas,
outros são mais demorados,
vão ficando dias e dias,
deixando rastros enormes,
marcas que não saem,
e quando partem deixam saudades…
Talvez o coração seja uma ave,
que migra a cada verão,
é constante em seu caminho,
guiado por um radar invisível,
afinal de contas o que leva o seu coração
ao encontro do meu?
Como encontramos o amor?
Será um vôo cego e rasante da paixão
ou a carência intima de cada um?
Talvez o romance seja um conto mal escrito,
desses que amassamos
várias folhas de papel em branco,
naqueles dias em que nada sai direito,
o romance perfeito ainda não foi escrito,
são capítulos diários de uma novela,
as vezes melosa demais,
noutras,
choro e amargura em excesso.
O amor não é calmaria,
nem poderia ser comparado ao mar,
muito menos a um rio caudaloso,
fúria não combina com amor,
talvez um regato,
uma nascente,
que seja perene,
que brote sempre da terra,
num fio continuo,
como o amor que espero viver.
Eu vivo o amor intensamente
porque esse é o meu alimento
e gosto de deixar
esse rastro por onde vou…
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