Quem somos nós?
Seríamos força ou fragilidade?
Sei que somos individualidade,
sei que vivemos solidão,
mas não desejamos solidão.
Pelo bem ou pelo mal,
vivemos uns pelos outros.
Assim, seja o que formos,
cada um de nós haverá
de ser parte integrante de um todo.
Na harmonização
das relações individuais,
nesta coletividade está o desafio.
Na utópica promessa
ou realidade futura,
ou mera esperança
da congregação
e manter a individualidade.
E todos serão um,
mas cada um haverá de ser um.
Talvez exista luz oculta,
pois que ainda
somos cegos aos seus raios.
Talvez este lume esteja
mais próximo que imaginamos.
Talvez na trilha do coração.
E o coração está no corpo,
mas vive pela alma,
por isto vê por percepções.
Nas descobertas da mente
e esta sorri por realizar
o que antes apenas imaginava.
E nesse gozo do espírito,
aquele que um dia quis
apenas ser águia
fica feliz em ser parte pomba também,
pois reúne força e mansidão.
E esta parte pomba se diverte
por ver-se a voar como
a parte que é águia.
Nestes símbolos vê a águia
como o arrojo dos pensamentos,
a pomba com a suavidade
dos sentimentos.
E neste instante,
a ilusão invade a realidade
e nem águia, nem pomba,
um homem que ganha asas,
que muta-se em anjo de luz
a caminho das estrelas.
Gilberto Brandão Marcon
29/08/2009