De olhos fechados
Observo tudo que construí
Sinto-me perdida no tempo
Perdida dentro de mim
Já tentei me acostumar
Mas tudo me destrói
Suas palavras me ferem
Martelando minha cabeça
Com perguntas sem sentido
Sinto minhas lágrimas escorrerem
Molhando meu coração ressecado com seu medo...
Sinto-me afogada esperando você me salvar
Estou desesperada
Tentando não me odiar
Nada me faz sentir a vida...
Na escuridão das palavras me vejo...
Seus braços são apenas
Um lugar seguro onde posso descansar
Para continuar viver...
Tento não me enganar do que é real
Mas cada momento me faz me dizer quem eu sou
Sou partes de alguém que se jogou ao vento
Imaginando que só assim se esqueceria da vida
Sou um baú cheio de surpresas desagradáveis
Que pede pra não ser aberto
Sou um livro velho sem importância
Com páginas amareladas
Com rabiscos de alguém que um dia...
não quis mais viver