Meu nome perdeu a importância,
Já não há nele inocência
Perdeu-se a infância
Falta me a clemencia,
Não tenho amigos hoje
Nem almas que vao chorar
A hora da minha partida,
O dia que eu faltar
Sou o filho da noite
Anjo negro
Sou as almas perdidas no mar
Meus cabelos
São compridos
Para os joelhos roçar
Em tranças fiadas por aranhas
E as lagrimas do teu olhar
No espelho não me encontro
Talves não me saiba procurar
Vago sozinho pela noite
Até o dia raiar
A névoa vara-me a alma
Numa paz de inquietar
Sigo sozinho viagem
Em busca de nenhum lugar
Aprendi que a vida
Não é dificil de enxergar
Sentado em dias de chuva
Em silêncio frente ao mar
Dos corvos não tenho medo
Sei bem como os mimar
Todos precisam carinho
Mesmo que não queiram aceitar
A lua é tão quente
Que debaixo da pele costuma gelar
Sentimentos de derrota
Que nos acompanham sem sessar
Minhas roupagens que se estendem
Até onde a noite acabar
Canta o galo nasce o dia
É hora de descansar
Não procuro mais motivos
Hábitos que todos vao tomar
Quando não a solução
Tudo se vai solucionar…
Abro as asas rasgo o vento
Chegou hora de voar
Destes versos que me alimento
Palavras que leva o mar…
Acabará o sofrimento
Para todos em algum lugar
Para mim a sepultura
Esta rua para quem ficar…
A aurora raga a noite
Sem mais pena nem pensar
Tudo se torna tão mecanico
Que ate faz dor olhar...
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