Vejo que a minha sombra me segue
Segue-me sempre, seja qual o caminho for,
Não a sinto junto a mim
mas o meu coração pressente…
pressente e sente tudo em seu redor.
Isto causa-me intranquilidade,
e eu fico sem saber como reagir.
Paro e dentro de mim cismo:
Como é tudo isto possível?
Olho e vejo algo e longe que me faz cair
Pois, aqui me encontro perdido.
Só com este enorme bulício,
a minha mente torna-se soturna.
Olho-me e questiono-me:
Porque me segues tu, oh sombra?
Sigo-te pois sou a tua segunda presença
Quer seja, na Vida diurna ou nocturna.
É grande o silêncio…
Não oiço nada em minha volta.
A minha alma está a vibrar.
Assim, caio numa decadência
que por agora se está a findar.