À mesa estão dispostas,
mentiras sadias,
posso servi-las aos bocados,
em novos fetiches
ou esperar um pouco mais para levar
todo o torpor ao corpo
Desbravar o novo
para não desperdiçar o toque
contemplando os pontos certos
com translados, paradas e amavios
Pode-se descer pela espinha
com sopros gentis,
loucos para serem palavras:
para melindrar o teu chão
A pressa é o clichê, a sutileza o jogo
melhor não esquecer
o que há entrelinhas, então
com arranhões vorazes delimitar teu abdômen
depois acariciar as pernas ,com pétalas de rosa,
até o limite da liga
Para o ápice da trama
devorar com os olhos,a silhueta ,
pelo roupão entreaberto
ostentando duas pérolas;
macias ao mordiscar…
Em tantra não fica estagnado
o nosso submundo
nem fica entre nós
o gosto amaro
de uma despedia