"A Bela e a Fera"
A Bela
e a Fera
Era uma vez um jovem príncipe que
vivia no seu lindo castelo. Apesar de toda a sua riqueza ele era
muito egoísta e não tinha amigos.
Numa noite chuvosa recebeu a visita
de uma velhinha que lhe pediu abrigo só por aquela noite.
Com um enorme mau-humor ele se
recusou a ajudar a velhinha. Porém, o que ele não sabia é que
aquela velhinha era uma bruxa disfarçada, que já ouvira diversas
histórias sobre o egoísmo daquele jovem príncipe. Indignada com a
sua atitude, ela lançou sobre ele um feitiço que o transformara
numa fera horrível. Todos os seu criados haviam se transformado em
objetos. O encanto só poderia ser desfeito se ele recebesse um
beijo de amor.
Enquanto isso, numa vila distante
dali, vivia um comerciante com sua filha chamada Bela. Eles eram
pobres, mas muito felizes.
Bela adorava livros, histórias,
vivia a contá-las para as crianças da vila. Seu pai, Maurício, era
comerciante e viajava muito comparando e vendendo seus produtos
diversos.
Um dia, voltando de uma longa
viagem, Maurício foi pego de surpresa por uma forte tempestade,
passou em frente a um castelo que parecia abandonado e resolveu
pedir acolhida.
Bateu à porta, mas ninguém o
atendeu. Como a porta do castelo estava aberta resolveu entrar se
proteger da chuva. Acendeu a lareira e encontrou uma garrafa de
vinho sobre a mesma. Após bebê-la acabou adormecendo. No dia
seguinte uma Fera furiosa apareceu diante dele. Quis castigá-lo por
invadir o seu castelo e, assim, o fez prisioneiro.
A Fera decretou ao velho comerciante que este morreria por tal
invasão. Aterrorizado, o pobre homem suplicou:
- Deixe que me despeça da minha filha.
A Fera concedeu-lhe o pedido. De
volta a sua casa, contou o ocorrido a sua filha. Sem medo, ela
decidiu voltar ao palácio com o pai.
Uma vez no palácio da Fera, Bela
tomou coragem e fez uma proposta:
- Deixe meu pai ir embora. Eu ficarei no lugar dele.
A Fera concordou, e o pobre comerciante foi embora desolado.
A jovem permaneceu com a Fera no
castelo, mas não era mantida na prisão, podia ficar em um quarto ou
na biblioteca, local que muito a agradava.
Bela tinha medo de morrer, mas
percebia que a Fera a tratava bem a cada dia que passava.
Com o passar do tempo o monstro e a
Bela foram ficando mais amigos. Ele se encantava com a forma que a
moça via o mundo, as pessoas a natureza. Sentia que ela o via de
uma forma diferente, além da sua aparência.
A Fera enfim havia se apaixonado,
de verdade. Numa noite, ao jantarem, pediu-a em casamento. Bela não
aceitou, mas ofereceu sua amizade.
Apesar da tristeza, a Fera, aceitou o desejo da Bela. Ela,
por sua vez, passava dias muito agradáveis no castelo,
sentia-se bem lá, porém com muitas saudades do seu pobre pai.
Certo dia, Bela pediu permissão à Fera para visitar o seu
pai.
- Voltarei logo - prometeu.
A Fera, que nada lhe podia negar,
deixou-a partir. Bela passou muitos dias cuidando de seu pai, que
estava doente, tinha envelhecido de tristeza pensando que tinha
perdido a filha para sempre.
Quando Bela retornou ao palácio,
encontrou a Fera no chão meio morta de saudade por sua ausência.
Então Bela soube o quanto era amada.
Bela se desesperou, também sentia
um algo forte pela Fera. Amizade, amor compaixão.
- Não morras, caso-me contigo - disse-lhe chorando.
Comovida, a Bela beijou a Fera... e
nesse momento o monstro transformou-se num belo príncipe. Enfim, o
encanto havia se desfeito. A Fera encontrou alguém que o amava de
verdade, além da sua aparência grotesca.
Afinal, a verdadeira beleza está no
coração.
Fonte: QDivertido.com.br