Uma hora a gente cansa... E a gente desiste... A gente simplesmente para se importar... Com quem não está nem ai pra gente... É isso..
Não tenho novas palavras
Que posso eu fazer
à voz do silêncio
nos labirintos da insónia?
Galgam a pele seca
palavras em cascata
numa alucinação ousada…
Nascem ideias
poemas em letras
desconcertadas
num mar de emoções
adormecem embaladas
pelo verbo que sussurro
no caderno branco
de capa colorida
que as mãos de ternura
me entregaram
para memória futura!
Nada anseio dos sonhos
não tenho novas palavras
as letras estão gastas
só o silêncio as renova
para acreditar de novo
que o universo é uma palavra
dentro de tantas letras!
Ana Coelho