jeito que tu tinha de me fazer sorrir, o teu jeito tímido de me abraçar,
e de me beijar.
Lembro do nosso primeiro abraço, foi gostoso, intenso, me senti
segura nos teus braços, acima de tudo me senti completa, sentir segurança
no seu abraço, segurança que nunca tinha sentido em nenhum
outro abraço.
Você fez eu me sentir o seu porto seguro, aquilo que você jamais iria
perder, achei que você era o cara que ia mudar minha vida, que ia fazer
o ”pra sempre” existir, mais ai você se foi apenas dizendo um “tenho que ir”
e eu pensando que seria somente um até logo, mais sem perceber o
“tenho que ir” , o até logo , era uma despedida e eu nem sabia, nem
pode me despedir direito, você desistiu de mim, ou melhor, de nós
sem ao menos tentar fazer dar certo.
E os nossos planos, o que aconteceu com eles ?
O nosso casamento, a nossa casa, os nomes dos nossos filhos, as
nossas idas e vindas ?
Foi tudo anotado numa folha de papel, escrita a lápis, foi só pegar uma
borracha e você apagou tudo, antes mesmo deu cobrir com uma
caneta, antes mesmo de ser várias coleções de livros, mais eu fui só
mais um capítulo desse livro que você nunca fez questão de ler todo.
Você queimou o início de um amor que seria infinito, para um
rancor deprimido, um coração partido.
Você me tornou fria e hoje não sou eu que sofro com isso, mais sim
as pessoas que convivem comigo. Mais quer saber, talvez isso tenha sido
bom, pois assim eu aprendi que o amor não é tão lindo como todos
pensam, que o amor não é só sorrisos, aprendi o mais importante, que
debaixo de um amor sempre haverá um ódio, um ódio de melancolia,
de dor, frieza, e o mais importante, um ódio que se transforma em amor
e ao mesmo tempo em horror.”
— imperfectflow & soprosdavida
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