Existem amores que parecem
invadir-nos para matar, trucidar,
fazer-nos definhar.
E estes são intensos na insistência
de ficar, pisotear o coração
com saudades absurdas.
Existem amores que nem eram
para assim, serem considerados.
Mas são teimosos e ardilosos na
sedução...
Vestem-se de mel e nos lambuzamos,
fartamo-nos porque tudo é
doce demais e na delícia do gozo afetuoso
descansamos a vigília da razão.
Existem amores que de tão belos não
enxergamos e tão pouco somos
capazes de sentir o quanto essa beleza já
chega maculada com ausências e dissimulações...
Existem amores que vivemos assim.
E amamos demais assim.
E somente assim aprendemos
a amar de verdade.
Cida Luz
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