Ela tinha um ar de quem anda a ser descoberta
E a face lívida de quem sabe que a hora certa
É a hora em o tempo parece ruir
Travando o ponteiro dos relógios
E ria de si mesma!Porque agora sabia sorrir.
Na secura da boca um sorriso
De quem empresta flores aos jardineiros
Um oceano encharcava o coração
E seus olhos úmidos regavam todos os canteiros
Ela tinha a chave do ultimo portal
E roubava da escuridão os candeeiros,
Tinha uma taça onde bebia tempestades, luares e nevoeiros.
Guardava na memória a lembrança viva do futuro
E louca de fúria e alegria ela corria desertos inteiros
Não havia mais paredes, nem portas, nem muros!
É que agora ela acordava todos os sonhos que dormem nos pesadelos!
Claudia Morett
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