Lá no abismo escuro dos teus olhos
havia um roseiral.
Tantos espinhos de prontidão,
tanta dor para minha unção,
e uma trava podre entre bem e
o mal, entre o homem e um cão.
Mas exalava leve e perfumada
alegria fugida e macilenta como
a certeza dos delírios.
Era uma rosa que se sobressaia
negra entre tantas brancas e alguns
louros lírios.
Era uma estirada tarde ante o sol
que ia e fugia no barco da tarde.
E outras rosas coloridas entre as negras flores
do fogo que invade a alma e o olho que chora e arde.
Todas elas se cobriam para a sombra de todas elas...
Então fixava meu olhar verde com as pétalas negras
no vitral olhar seu e pedia:
“Água, luz, tempestade!”
Claudia Morett
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