Um ramo de poemas
“Entrei numa loja para te comprar
um ramo de poemas.
Disseram-me que só tinham flores,
mas eu não entendi a resposta.
Repeti que queria um ramo de poemas.
Voltaram a explicar-me que ali só vendiam flores.
Sugeriram-me vários tipos,
disseram-me os nomes
Como sabes, sou péssimo
com os nomes das flores.
Apenas tenho memória para poemas.
Esforcei-me para fazer compreender
esta minha particularidade,
mas ninguém me entendeu.
À força de não me quererem
vender poemas
impingiram-me flores.
Que cheiravam melhor
Que eram mais vivas,
que as mulheres gostam mais.
Flores que eu não quero,
que eu definitivamente não quero,
pois tenho-te a ti.
Ninguém dá flores às flores.
O que eu quero é um ramo de poemas
para poder oferecer à minha flor.”
_Henrique Manuel Bento Fialho
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