escrevendomomentos:
O corpo anda frio, anda torto, e às vezes não anda.
Na boca, uma vaga lembrança de tudo que um dia
foi doce. Na mente, uma amarga-doce recordação
de coisas vagas. “Pula da árvore, pula”. Não dá,
minhas pernas não querem. Tanto que esperei o
vento que trazia a lua. Tanto que sentei para
esperar a morte chegar, mas só vinha vida. Só
chegavam até mim pessoas querendo me deixar
feliz. E eu fui. Fui. Depois que acaba o pôr do sol
e você sente a noite na pele, percebe quanta falta
fazem certas coisas. Não digo que é errado
reclamar do que temos, mas é errado deixar
que essas coisas vão embora. E não é pedir
pra ficar, é segurar. Mas o que eu sei disso?
Se até o sentimento nobre, de sorriso fácil e
olhar brilhante, foi embora da minha vida. Dói,
claro que dói, mas a gente acostuma.
Texto por: Adriano C.
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