AINDA
Eu diria que ainda tenho aquela calma, que ainda sei ver
os dias nascendo, água correndo e céu estrelado.
Ainda trago o verão nos olhos, coleciono palavras, e sei rezar.
Encho os olhos d’água quando vejo (e sinto) um beijo bom,
e não sei viver sem um longo abraço.
Ainda mordo os lábios, de nervoso ou de desejo,
e sei contar minhas bênçãos. E depois, sei agradecer.
Acredito em boas intenções e ainda consigo rir
do que os outros não acham graça.
Mas entendo que alegria ainda é outra coisa.
É segurar a alma com as mãos, abrir as comportas...
entregar-se sem limites.
Num estado crônico de amor e ganho, que é o agora.
E para não entristecer nunca... ainda vou vivendo.
Já... no aqui e agora.
- Margoh/Maktub -
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