Quisera te falar das manhãs claras,
Do sol que sai dourando meus jardins.
Dos delicados tons das flores raras,
De como tudo é tão formoso aqui.
E te falar das noites perfumadas,
Da lua que se esconde nas mangueiras,
Das vertentes e sonoras cachoeiras,
Da paz desta paisagem inusitada.
Mas tu não vens talvez porque não queiras,
Selar o pacto desta afeição,
Que me declaras tão levianamente.
Serei feliz em te esperar somente,
Esperarei mesmo que seja em vão,
Esperarei, Amor, a vida inteira.
Fátima Irene Pinto