Não sei o que dói mais:
se a angústia de não sabê-lo,
ou se a certeza de que não me sabes.
Não sei qual o maior agravo:
se a dor de retinir em vão por ti,
ou de saber-te confuso pelo eco
que não podes retornar a mim.
Não sei o que é mais inquietante:
Se a cisma de que
vez por outra, chego-te ao pensamento,
Ou se a desdita de não ser lembrada por ti
um só momento.
E, se lembrada, resta-me a dúvida
sobre o tudo, o pouco ou o nada,
que possa traduzir teu sentimento.
Fátima Irene Pinto