Você jamais pede licença
Sempre surge quando quer
Adentra em minha vida e arrasta tudo
Como fica impossível rejeitar-te
Jamais surge quando almejo
Chega em noite de chuva
Ou em uma noite de luar
Também chega em dias de nostalgia
Por mais que eu relute
Sempre surge quando quer
Adentra em minha vida e arrasta tudo
Como fica impossível rejeitar-te
Jamais surge quando almejo
Chega em noite de chuva
Ou em uma noite de luar
Também chega em dias de nostalgia
Por mais que eu relute
Entra e me transforma
Entra sempre pela fenda de meu desejo
E quando chega, vivo a insensatez
Aventuro mandar-te embora
E quando vais e os dias passam
Luto para não enlouquecer
Nesse período saio a buscar-te
Caminho horas a fio
Vou lhe buscando a esmo e solitário
Experimento a ansiedade e a loucura
Meu corpo se torna adoentado
Preciso de você assim como de ar
As horas passam e não te encontro
Meu corpo não lhe alcança
Sinto que minha busca segue inútil
Sinto minha essência desfalecer
Preciso de ajuda, preciso de você
Andar a tua procura é uma agonia
Minha vida tornou-se uma queixa
Tento e preciso esquece-la
Meu anseio por você é uma obsessão
Um desejo desse íntimo angustiado
Depois que chegaste em minha vida
Tornei-me teu aprisionado
Você não é meu amor
Você é minha absoluta perdição.
Sonia Santos