É tanto o meu desejo de dizer
O quanto eu amo e sofro por calar,
O quanto eu choro por não revelar
O que em meu peito vive a se esconder.
É tanto o medo de não ver aceita
Esta promessa que carrego em mim,
E é tanta a força para por um fim
Na covardia que o meu ser rejeita.
Dentro do medo eu clamo por um nome.
Em tom silente a vida se consome,
E eu vou passando sem a ver passar.
Esse temor me põe tão desvairada,
De mim tão longe e tão desesperada,
Que chego a ver a morte em meu lugar.
Silvia Schmidt