(...) A vida sempre se me afigurou uma planta que extrai sua vitalidade do rizoma; a vida propriamente dita não é visÃvel, pois jaz no rizoma. O que se torna visÃvel sobre a terra dura um só verão, depois fenece... Aparição efêmera. Quando se pensa no futuro e no desaparecimento infinito da vida e das culturas, não podemos nos furtar a uma impressão de total futilidade; mas nunca perdi o sentimento da perenidade da vida sob a eterna mudança. O que vemos é a floração - e ela desaparece. Mas o rizoma persiste.
— Carl G. Jung, no livro “Memórias, Sonhos, Reflexões: Prólogoâ€. (Ed. Nova Fronteira. Trad. Dora Ferreira da Silva; 9.ª edição [1963]).
Foto: Carl G. Jung no escritório de sua casa, Küsnacht, perto de Zurique, 1950. Foto: Bollingen Foundation Collection.