VENTURA
 
Por mais que meu oceano de solidão se agigante,
fazendo com que minha vida se levante,
não evito uma angustiante e dolorosa sofreguidão,
que me consome o corpo e o coração.
Sonhando com seu toque, com o seu olhar,
mesmo que me provoque o céu e me faça chorar,
já não mais me importo... assumo o meu amor!
 
Um amor construído na ventura e sem o abraço,
mas, que se fez maior ocupando o espaço
que dantes vazio importunava-me no tempo.
Um amor consagrado e vivido de um momento,
firmado na suavidade e na verídica  poesia,
pela candura envolvida em fantasia
mas, que agora pouco importa... tornou-se amor!
 
E hoje já não há nenhum tipo de segredo
que nos assuste ou nos cause medo.
Temos aprendido a superar as dores
e a ver em nosso amor todas as cores
que a  um grande e verdadeiro amor mantém.

Mas temos aprendido nesse amor viver  também,
porque a nós agora nada disso mais importa!
Agora aqui estamos nós... não somos sós!
Que gritem os céus e nos declarem sempre assim,
vivos e apaixonadamente entregues!

Que declarem mais eu em você e você em mim,
sem a restrição da ventura... vivendo a aventura
desse grande amor que em nós se atreve!
Como já disse certa vez o poeta:
"Em breve juntos estaremos.
Muito em breve!"
 
(MARCO MOTTA)