Viajei ao abismo mais profundo de mim mesmo, passei pela fogueira e pelo deserto, pela quentura da ansiedade e do peito vi surgir todas as escuridões que por mim passaram e ficaram esquecidas. Corri de um lado para o outro, sozinho, cansado e tendo como única companhia o desespero. Vi cair toda a fé que tinha e mesmo assim me reergui como a fênix que renasce das trevas. E, de todas às vezes que levantei, as lágrimas que surgiram não eram mais de pranto, mas de gratidão (não só pela nova chance, mas porque mesmo quando sou fraco, se me percebo sagrado, flui em mim um despertar, um segredo, algo que me salva e me cura por completo). Após isso, sorrio e seguindo o meu caminho de forma confiante, só posso agradecer - recomeçar e me perceber a prioridade que preciso para me sentir inquebrável.
( Vitor Ãvila )