Oculta consciência de não ser,
ou de ser num estar que me transcende,
numa rede de presenças e ausências,
numa fuga para o ponto de partida:
um perto que é tão longe, um longe aqui.
Uma ânsia de estar e de temer
a semente que de ser se surpreende,
as pedras que repetem as cadências
da onda sempre nova e repetida
Quando eu morrer não me deixes levar roupa nem
flores.
flores.
Cobre-me com bagas de suor acende uma fogueira entre os
cipreste e deixa a tua morada zumbir na erva rasteira.
cipreste e deixa a tua morada zumbir na erva rasteira.
Abandona a carta que nunca me escreveste sobre os meus
olhos cava um talhão de imortalidade entre nós.
olhos cava um talhão de imortalidade entre nós.
Abraça-te à nudez.