É o amor que sustenta, que consola, que afaga. É o amor que orienta, que encoraja, que acalma. É o amor que cura, que ameniza, que suporta. É o amor que faz tudo parecer possível diante das impossibilidades da vida. Somos frágeis. Temos medo. Padecemos do sofrimento causado pelos labirintos incertos da vida. Desacreditamos do ser humano, da sua frieza, da sua mania egoísta de achar que tudo se cura de maneira instantânea. Nos fechamos. Esquecemos de olhar pra quem está ao nosso lado. Ignoramos as lágrimas que insistem em cair porque ensinaram que precisamos ser fortes. Mas muitos esquecem que a dor nos fortifica. Nos protege e também nos lembra constantemente o quão humanos que somos. Temos um coração pulsando dentro do peito. Não somos de plástico. Não somos fantoche. Emoções nos habitam e nos transformam. Na ausência de palavras que possam confortar e quem sabe germinar um tiquinho que seja de esperança, usamos o silêncio. Corações conversam dentro de um abraço. Gestos de carinho fazem cafuné na alma. Tem dias que a gente só precisa lembrar que existem colos para nos amparar e mãos para segurar.