O amor nos tira o sono,
nos tira do sério,
tira o tapete debaixo dos nossos pés,
faz com que nos defrontemos com
medos e fraquezas aparentemente superados,
mas também com insuspeitada
audácia e generosidade.
E como habitualmente tem um fim,
que é dor, complica a vida.
Por outro lado,
é um maravilhoso ladrão da
nossa arrogância.
Quem nos quiser amar agora terá
de vir com calma,
terá de vir com jeito.
Somos um território mais
difícil de invadir,
porque levantamos muros,
inseguros de nossas forças
disfarçamos a fragilidade com
altas torres e ares imponentes.
A maturidade me permite olhar
com menos ilusões,
aceitar com menos sofrimento,
entender com mais tranqüilidade,
querer com mais doçura.
Às vezes é preciso
recolher-se.