*
*
*
O pardalzinho.
Hoje, as 11 horas da manhã, fui até a cozinha
E lá estava um pardalzinho na luminária.
Eu me aproximei dele, que assustado, tentou voar,
Mas acabou caindo atrás da porta.
Eu disse a ele, não fique assim, meu amor,
Eu vou libertar você.
Ele tentava desesperadamente sair pela fresta da porta
Por onde só passaria seu bico.
Com muito cuidado e carinho,
Aproximei-me e o peguei
Acariciei suas penas, ele ficou quietinho.
E disse: fica bem meu querido,
Eu te amo e vou libertar você.
Beijei a sua cabecinha,
Estendi o braço para fora da janela
E abri a minha mão.
Ele permaneceu ali, quietinho na minha mão,
Parecia não ter pressa de voar.
E eu emocionada, lhe disse:
Vá com Deus meu amor!
Eu te amo.
Então ele voou,
Mas caiu logo ali adiante
E refugiou-se entre as plantas.
Fui verificar se estava machucado.
Não estava, pelo menos, não parecia estar.
Apenas continuava ali.
Depois de quinze minutos ele ainda continuava lá.
Tentei pegá-lo, mas ele voou baixo
E pousou noutras plantas do outro lado do quintal.
Temi pela vida dele,
Será que ao tentar libertá-lo
Machuquei-o tanto que não pode mais voar?
Sentindo um aperto muito grande no coração,
Vim escrever este texto.
Trouxe os meus cachorros comigo,
Não me perdoaria se ele morresse.
Melhor que eu o deixasse decidir a hora de partir.
Ou o mataria.
Meu pardalzinho, voe,
Seja feliz, ganhe o céu,
Encontre tua felicidade,
Não temas, mas se de mim precisar,
Volte quando quiser.
Lídia Sirena Vandresen
20.12.09
*
*
*
*
*
*
Texto em inglês
Os direitos autorais são protegidos
Pela lei nº 9.610/98,
Violá-los é crime estabelecido pelo Artigo 184
do Código Penal Brasileiro
>