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Adeus minha querida Quiara, você se foi, mas deixou o seu amor plantado no meu coração!




Quiara


Esta é a Quiara, a minha cachorrinha.

Não me digam que ela é feia que eu fico furiosa.

Pode ser vira-lata, talvez seja mesmo, tadinha,

Mas, para mim, que a amo, ela é linda e maravilhosa!



Um “toco” de criatura o tempo todo me observando,

Sabe se estou triste ou alegre, se calma ou agitada,

Se em casa estou, aos meus pés está ela me amando,

Se vou sair, esconde-se em minha roupa no canto deixada.



Geralmente desisto de procurar, e saio perfumada, a sorrir,

Esconde-se para, ao menos, com meu cheiro poder ficar.

Não adianta chamar por ela, ela sabe que não poderá ir,

E ao retornar, ela virá saltitando aos meus pés para brincar.



Eita cachorrinha esperta! Também sabe quando a posso levar.

A roupa, o perfume, o calçado, o que será que fez a diferença?

Não sei porque, mas agora lá está ela, pronta pra passear.

Mas educada, olha-me suplicante: posso ir, me dá licença?



E lá vou eu, sorridente, com três cãozinhos na avenida,

Todos sabem que estou chegando, pois eles chegam primeiro,

Anunciando, saltitantes, aos latidos, a alegria incontida.

Eu os amo e quero que eles sejam felizes, livres do cativeiro.



Se escolhesse um órgão para defini-la seria o coração,

Se “Quiara” tivesse um significado seria "amor incondicional",

Se seu olhar pudesse ser traduzido: fidelidade, devoção.

Se ela pudesse falar, saberia sempre o que dizer, afinal.



Lídia Sirena Vandresen (24.05.07)

*
*
*




Adeus Quiara!


Hoje a Quiara morreu.
Foi atropelada na esquina do meu quarteirão.
Provavelmente ela estava indo fazer a visita matutina
Que fazia todos os dias à vó Rosinha.
Ela sempre ia dar umas voltinhas de manhã
E também à tarde.
Visitava as pessoas que queria, passeava,
E voltava pra casa me esperar,
De onde não arredava o pé até eu chegar.
Estou triste porque a amava muito.
Mas, me conformo porque sei que dei a ela
A melhor vida que um cão poderia ter.
Amor, atenção, carinho, comida, casa,
Como todos os cães amados.
Mas eu dei algo mais a ela: a liberdade.
Sempre respeitei a liberdade dela
Que nunca conheceu uma coleira.
E nem cercas ou portões fechados pra ela.
Liberdade de ir e vir e também de ser mãe.
Minha cachorrinha teve muitos filhotes,
Deixava que tivesse porque ela era muito dedicada
E eu sabia que sua vida ficava muito mais interessante
Quando tinha seus filhotinhos para cuidar.
Dava gosto de ver a alegria e dedicação daquele bichinho,
Quase tão pequena quanto eles...
Como o mundo seria diferente se todas as mães
Tratassem seus filhos como a minha Quiara...
Hoje ela se foi e deixa muita saudades!
Adeus Quiara, minha querida!
Os quase 12 anos que tive o seu amor
Plantaram em mim eterna gratidão!


Lídia
28.08.09






Que Deus te ilumine e te conserve sempre tão puro e generoso, meu anjo querido!

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Texto em inglês








Anjinhos me abençoando...







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