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Rumo ao penhasco.
Ela caminha surda,
Cega,
Absurda...
A passos lentos e inseguros,
Rumo ao abismo que a engolirá...
O que a leva a prosseguir neste túnel escuro?
Julga que nada lhe acontecerá?
Espera que um milagre a poupe, talvez?
Ela caminha sob meu olhar entristecido,
Pisando nas gotas de sangue do meu coração,
E eu amarrada no silêncio enlouquecido
Com a boca fechada pela incerteza da razão.
O que eu espero, um milagre, talvez?
Ela caminha como sonâmbula pela noite fria
E eu não sabia pra onde ela ia.
Mas, ainda assim, me sinto culpada
Como se eu tivesse lhe indicado a estrada.
Ai! Que dor esmaga agora a minha alma,
E nada do que eu possa fazer me acalma.
Preciso impedir que ela caia no penhasco,
Preciso evitar que se perca para a vida,
Preciso trazê-la pra casa nos meus braços
Sem que isso a deixe ainda mais ferida.
Ela caminha e eu corro para cercá-la
Haverei de encontrar um jeito de ajudá-la!
Dê-me forças e sabedoria, meu Senhor,
Para resgatá-la no meu e no Teu amor!
Lídia Sirena Vandresen
24-06-09
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Violá-los é crime estabelecido pelo Artigo 184 do Código Penal Brasileiro
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