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Não há como fugir e nem morrer...





A fúria do vulcão


O vulcão que se agiganta na savana
Ameaçador,
Ensurdecedor,
Senhor,
Faz estremecer os alicerces da choupana
Que se supunha um castelo forte.
Há o prenúncio da tragédia de sul a norte.
Aos ares anuncia escancarada a fumaça
As larvas queimando as entranhas
Devorando-as feito traças
Gulosas, estranhas...
Emergentes,
Urgentes,
Incandescentes.
É o momento temido,
Proibido.
Aves voam em algazarra apavorada
Debandada apressada,
Rumo ao nada.
Animais fogem assustados,
Coitados,
Acuados.
Onde a arca de Noé?
No vale, só sapé.
A angústia que se aproxima
Felina,
Em surdina.
E chorando, a menina
Asas desejaria ter
Mas, grudados seus pés no chão,
Não há como fugir nem morrer.
Somente enfrentar
E suportar
A fúria do vulcão.
Pobre alma, menina acuada,
Aprisionada
Num corpo em erupção.


Lidia Sirena Vandresen
(19.12.08)




Texto em inglês






Anjinhos me abençoando...




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