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Uma história de fantasma
Quem nunca ficou extasiado ouvindo histórias do além
Com o corpo arrepiado e os instintos em alerta...
Afirmando não acreditar em bobagens,
Mas atraído pelo fascínio que isso lhe desperta?
Eu mesma, muitas vezes estive assim
E não nego, o mistério muito me atrai.
A história que vou relatar aconteceu comigo!
Preparem-se, pois hoje é dia 13!
Estava eu sozinha em casa, no meu quarto, vendo televisão,
O ponteiro marcava 22 horas,
Quando a campainha tocou.
Levantei-me contrariada, abri a janela
De onde se podia ver o portão.
Não havia ninguém lá.
Voltei a me deitar julgando ser alguma brincadeira.
Mas a campainha voltou a tocar.
E novamente constatei que não havia ninguém...
Só podia ser uma brincadeira de quem não tinha o que fazer.
Vesti-me e saí.
Fui até o portão, abri, olhei para todos os lados.
Havia um grupinho de jovens conversando logo adiante.
Fui até lá!
Não, ninguém estivera ali no portão
E muito menos, tocara a campainha.
Estranho...
Eu não estou ficando louca!
Então decidi apagar as luzes e esconder-me em um lugar
De onde eu poderia ver o portão e não ser vista.
Foi aí que eu pude constatar:
A campainha tocava e não havia ninguém lá!
Um arrepio percorreu minha coluna vertebral...
Mas estava decidida a não desistir
E nem a acreditar no que eu não queria.
Fui até a caixa da campainha que ainda tilintava,
Peguei uma cadeira para alcançá-la
E munida de tesoura, cortei-lhe os fios.
E muito irritada, lancei-a sobre a escrivaninha,
Num destemido desafio:
“Então seu fantasma de araque, se você é bom mesmo
Toque esta campainha agora!”
E fui assistir à televisão em paz.
E o fantasma?
No outro dia, o técnico elétrico o pegou
No interruptor do portão com mau-contato!
Beijão a todos!
Esta é mais uma história que me ensinou a não crer nas aparências!
Lídia Sirena Vandresen
(13.04.09)
Os direitos autorais são protegidos
Pela lei nº 9.610/98,
Violá-los é crime estabelecido pelo Artigo 184
do Código Penal Brasileiro
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