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DEVANEIO!
Eu a vi numa tarde, quando descuidada,
Brincava com uma rosa entreaberta.
Encantava-me a meiguice delicada
Na brisa fresca da janela aberta...
Com o olhar puro, próprio dos felizes,
Fitava persuasiva a linda rosa.
E um lindo raio de sol com suas matizes,
Dava-lhe um quê, tornando-a mais formosa.
Eu, atento, pensava: a tarde morria.
Foste um pintor, ó Deus, já teria a tela:
Um olhar... Uma rosa... E a noite fria!
Num repente, ó rosa, para onde vais?
Era sonho, que é da tua imagem bela?
De olhos abertos não te vejo mais!
Josué Basílio de Oliveira (1997)
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