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Um amor eterno! Utopia? Talvez... Ou não.


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Uma história de natal!


É semana de natal.
Mais um Natal de paz e alegria naquele lar.
Logo a casa estaria repleta de vozes e risos,
mas agora estavam a sós.
Maravilhosamente acompanhados um do outro.
A sala com cheirinho de cumplicidade
era apenas mais uma testemunha daqueles momentos de vida vivida em sintonia de almas que se abraçam.
No sofá a esposa comentava algo sobre o que lia.
Na mesinha de centro, duas taças de vinho já vazias.
Televisão desligada,
ao lado a árvore brilhando no colorido das luzinhas.
A suave música orquestrada fazendo fundo harmonioso
à voz macia e meio rouca que dava luz às sombras da noite.
O velhinho de olhar zombeteiro olha fixamente
para sua eterna menina
(e ele que se atrevesse a chamá-la de minha véia!...).
Mas ela é uma menina.
Sempre foi e será, a menina mais linda e dengosa do mundo!
Como ele a amava!
Como viveria mil anos felizes
se pudesse tê-la sempre consigo!
Não há nada nela que ele não conheça,
nenhum pensamento que não adivinhe.
Cada ruguinha, cada gesto, tudo lhe é tão familiar...
e tão surpreendentemente encantador!
O tempo não passou.
Apenas o amor cresceu, fortaleceu-se e amadureceu.
Ela interrompe repentinamente o que falava:
- “Você não tá ouvindo o que eu to falando!” -
Mas, não tinha realmente do que ralhar.
Conhecia muito bem aquele olhar!
Era amor, admiração, devoção...
E aquele sorriso de paz dizia tudo o que ela queria ouvir.
Seu barrigudinho lindo continuava o mesmo!
Levantara-se agora (como ele era forte e saudável ainda!...)
e procurava por um CD na gigantesca coleção
de que tanto se orgulhava.
Melhor fechar o livro.
A sessão de leitura havia sido encerrada por aquela noite.
Como ela poderia imaginar sua vida sem ele, ou melhor,
um único dia sem aquele garoto querido ao seu lado?
Com a idade, os laços que os uniam tornaram-se tão fortes
que ficar sem a sua presença seria o mesmo
que lhe faltar o ar.
Impossível imaginar.
Desde o momento em que o primeiro raio de sol
o arranca da cama sorridente
(ela adora dormir um pouquinho mais...),
até o beijo sonolento de boa noite.
Cada minuto vivido a dois um presente de Deus!
E, sem que dissessem palavras,
suas almas enamoradas se beijaram.
Lentamente, a menina estende as mãos trêmulas
para o lindo jovem com cara de ancião que a convida
com o costumeiro sorriso.
E, nos passos lentos deixam-se levar pela melodia da música, único som audível naquele ninho de amor
cheio de sons que só o coração escuta!

Lídia Sirena Vandresen
(13.12.08)

*
*
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Texto em inglês







Anjinhos me abençoando...


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