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A princesa da infância.
Ela era uma linda criança,
Livre, soberana, olhar de esperança,
Princesa.
Rica de ideais e sonhos na sua singeleza.
Pelo menos era assim que se via.
Era assim que se sentia.
Nas brincadeiras do dia-a-dia,
Vestindo-se de fantasia,
Rodopiava em seu sonho dourado
Nos braços do príncipe encantado.
Adolescente, era agora.
E olhou-se por fora:
Nem princesa, nem bela,
Despida de predicados era ela,
Sem graça e encantos,
Seu reinado entregue aos prantos,
Nem amores,
Nem flores...
Poesia rasgada...
Ostra, na concha guardada.
Mas a menina teimosa não iria desistir
Lutaria até o fim para a felicidade atingir.
À fada madrinha um pedido formulou,
Entre tantos, apenas um importou:
Um amor, um grande amor!
Ser bela, princesa pra alguém, se possível for!
A mulher que hoje olha pra traz
Sorri faceira com o semblante de paz
Seu pedido fora atendido,
Afinal.
Obrigada meu querido,
Pelo teu amor incondicional!
Lídia Sirena Vandresen
(12.10.08)
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