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O beijo da saudade.
Nos primeiros acordes da manhã,
Como suave canto do colibri
Tua voz soa terna em minha alma,
Deitando-se prazerosa em minha cama,
Desejando aninhar-se sob os lençóis
De minha solidão,
E me acalma,
Esquentando meu coração,
Dizendo que me ama.
E no calor do meu desejo deixo-me levar
Esquecendo que tão longe estás,
Desejando ter-te menino, homem, meu.
Na noite, no dia, na eternidade, aqui.
Os raios do sol que me convidam para a vida,
Dizem-me de ti,
Do teu olhar, um mar de ternura e paixão,
Que, como num campo de girassóis,
Atraindo para si a face dourada,
Despertas nos meus a alegria perdida,
Sentindo-me tão amada,
Poesia que mescla loucura e devoção.
Ah como posso viver sem teu amor,
Como posso respirar sem teu olhar?
Como deitar-me sem contigo acordar,
Como prosseguir sem você ao meu lado?
Sou tua, meu anjo apaixonado.
A minha inocência, minha doçura,
Minha poesia, minha verdade.
Tome meu amor,
Beije minha saudade!
Lídia Sirena Vandresen
(26.06.2008)
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