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A luz que incomodava os poderosos.
Ele tinha um único compromisso.
Precisava trazer a Boa Nova!
Era algo tão diferente
Que mudaria os conceitos radicalmente!
Sua mensagem era de um Deus
Diferente do adorado pelos judeus.
Falava de um pai que era Deus, de um Deus que era pai!
Um Deus capaz de perdoar sem reservas,
Que corria para abraçar o filho pecador arrependido!
Onde estava o Todo Poderoso que castigava?
Falava com intimidade de filho,
Mais que isso, afirmava ser o Filho de Deus!
“Ele, que era filho de ninguém
Que vinha do nada?...
O esperado nas Santas Escrituras, o Messias!...
Como ousava tamanha heresia?”
Andava pelas periferias, entre humildes,
Pescadores e pecadores.
Cercado da sociedade marginalizada...
Ele era corajoso!
Pregava o amor e a igualdade
Com autoridade de quem sabia tudo,
Dizia o que era certo e errado, sem medo de errar,
Afirmava ser o caminho, a verdade e a vida!
Corações desesperançados voltavam a sonhar,
Cegos a enxergar, surdos a ouvir,
Cochos a andar, mortos a viver,
Ao seu comando, demônios fugiam,
O mar acalmou-se e os ventos calaram.
“Fazia-se urgente tomar uma atitude!
Alguém precisava detê-lo...”
Uma luz brilhava entre os desprezados.
A mesma luz que tanto incomoda os poderosos.
Ela trazia às claras muitas hipocrisias,
Derrubava normas da lei sem amor,
Desafiava a fé e a bondade daqueles
Que se diziam conhecedores dos segredos de Deus.
E pensaram ser capazes de apagar essa luz!
Lídia Sirena Vandresen (15.03.08)
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