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O sonho de menina.
Ela não sabia que era um sonho.
E por não imaginar,
Vivia cada minuto intensamente
Faceira,
Como se nunca pudesse despertar.
Ela não sabia que era somente
O sonho de uma vida inteira.
Tão real quanto sua sina,
Nascido na ingenuidade
De uma menina
Alimentado uma vida,
E, enfim, sonhado a dois.
Não sabendo que sonhavam,
Entregaram-se à emoção.
Brincaram no balanço da poesia
Correram na relva da alegria
E deitaram-se, corpos unidos
No ardor de uma paixão.
Prometendo eternidade,
Selaram o pacto de fidelidade
No beijo com gosto de céu,
No abraço que quer proteger,
No olhar que tudo vê, sem véu.
Entregaram o corpo
E visitaram a alma,
Sem medo, sem máscaras, nus,
E amaram cada canto escondido,
Assim revelado
Amante, anjo, amigo,
Na doce realidade
Do mais belo sonho sonhado.
Lídia Sirena Vandresen (10.03.08)
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