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A bola de neve.
Era apenas uma pedrinha, insignificante pedrinha.
Ninguém nem reparou nela, ali, no alto da montanha.
Nem dava pra encher a palma da mão,
Mas por descuido, alguém a chutou montanha abaixo.
E ela misturou-se à neve e foi juntando folhas,
E os gravetos também aderiram a ela.
E mais neve e mais folhas, gravetos e pedras.
À medida que ela descia rumo ao chão,
Maior ficava.
Quando o pedregulho chegou ao vale,
Ninguém mais o podia reconhecer
Era monstruoso, enorme!
Veio causando destruição e ferindo.
E os que estavam ali sentiram o poder de sua força.
E ninguém entendeu o porquê daquilo.
Nem aquele que deu o pontapé inicial.
Nem o próprio pedregulho que se agigantou,
E muito menos a pessoa no pé do morro
Que foi atingida por ele.
Lídia Sirena Vandresen (25.02.08)
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