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Louca

Louca! Alguém me chamou assim.

Pode até ser que eu seja mesmo, afinal.

Não posso descartar essa possibilidade.

Num mundo de tanta gente “normal”,

Um pouco de loucura não é tão ruim assim.

Louca por não me enquadrar na “normalidade”

Na hipocrisia reinante de corações acovardados

Feito escravos mudos, surdos e acorrentados

Dessa insana e cruel “moral” reinante na sociedade.

Louca por não esconder minha verdade de mim mesma

De me amar apesar das falhas que sei possuir,

E viver intensamente sem arrastar-me pela vida feito lesma

Mesmo que por caminhos que eu não possa ir.

Por desfazer-me de máscaras inúteis que a todos agradam,

Por admitir minhas fraquezas no risco de não ser aceita.

Por rir das bobeiras que fingem aplaudir, mas que enfadam,

E chorar sem medo de expor a lágrima que o rosto enfeita.

Louca sim, se assim aprouver,

Mas verdadeira, humana, amiga, mulher.


Lídia Sirena Vandresen

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Amor, mesmo louca ou exatamente por isso, eu amo você, sempre mais!

JA NO CLIMA DE NATAL