A vontade da alma.
Se a alma pode sentir, alheia a nossa vontade,
se ela pode nos levar a fazer o que não queremos
ou que fingimos não querer,
não existimos, somos a alma que existe em nós.
Se a alma é soberana e sente o que quer,
então vã é a nossa vontade de calar-lhe a voz,
pois no silêncio de sua quietude
ouviremos os gemidos de sua contrariedade.
E se a alma sente o que quer,
sem nada poder realizar,
nós podemos fazer o que queremos
sem nada sentir de verdade
fingindo não perceber
sua aversão ou passividade.
Como a poesia é expressão da alma
ela também tem vontade própria.
Então a poesia, tanto quanto a alma,
pode dizer o que quer,
sentindo ou não o que diz,
alheia à razão ou à vontade do poeta.
A poesia não tem alma,
mas pode ser a vontade explícita da alma,
ou não, porque tanto quanto a alma,
ela faz o que quer,
até “fingir a dor que deveras sente”.
E esta loucura que escrevo,
embora não sendo poesia,
tem uma finalidade: confundir,
como confusa está a minha alma.
Lídia Sirena Vandresen
Aquele Beijo
Aquele beijo desejado, sonhado, provocado,
aquele beijo desesperado, desnudo de pudores,
era tudo o que eu queria, meu anjo amado,
a revelar segredos de mim ocultos, amores.
Que delícia sentir teu gosto, sorver teu cheiro.
No toque dos teus lábios macios, me entrego,
no abraço que me entregas a ti inteiro,
descubro-me tua, nua das verdades que nego.
Lídia Sirena Vandresen
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CURIOSIDADES - O BEIJO DE CADA SIGNO
CÂNCER (o meu signo):
O beijo de câncer é romântico, suave, emotivo.
Câncer cuida do outro e deseja segurança,
e às vezes um beijo representa muito mais que um beijo,
é quase uma aliança de casamento.
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