A princesa da infância.
Ela era uma linda criança,
livre, soberana, olhar de esperança,
princesa,
rica de ideais e sonhos na sua singeleza.
Pelo menos era como ela se via,
era assim que se sentia.
Nas brincadeiras do dia-a-dia,
vestindo-se de fantasia,
rodopiava em seu sonho dourado
nos braços do príncipe encantado.
Adolescente, era agora.
E olhou-se por fora:
nem princesa, nem bela,
despida de predicados era ela,
é assim que se sente
feia, simplesmente,
sem graça e encantos,
seu reinado entregue aos prantos,
nem amores,
nem flores...
Poesia rasgada...
Ostra, na concha guardada.
Mas a menina, teimosa, não ia desanimar,
lutaria para seus sonhos conquistar.
E, numa noite de natal,
imaginando um momento especial,
à fada madrinha um pedido segregou,
entre tantos, apenas um importou:
ser bela também
princesa pra alguém,
e, se possível for,
um amor, um grande amor!
A mulher que hoje olha para traz
sorri faceira com o semblante de paz,
de bem com o espelho e com a vida
já não se sente excluída,
seu maior pedido fora atendido.
Obrigada meu querido,
meu presente de natal,
pelo teu amor incondicional!
Lídia Sirena Vandresen
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Que eu tenha a ciência de escolher o terreno fértil,
a sabedoria em semear a semente boa,
o compromisso de afugentar os pássaros,
a persistência em cultivar a frágil plantinha,
e a paciência para esperar os frutos maduros.
(Lídia Sirena Vandresen)
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