O vaso
Ele era de inestimável valor,
tão lindo e especial,
traços firmes, delicados,
fina prata com fios de ouro,
e rubis nele cravados!
Coloquei-o num pedestal.
E, agradecida, o admirava
com verdadeiro fervor,
um tesouro que me ofuscava,
não havia outro igual!
Tudo nele era irretocável, perfeito!
Para mim representava o eterno,
o único, o imortal.
E numa entrega total,
que nem é do meu jeito,
abri minha alma e coração.
O que eu tinha de mais precioso,
num gesto quase infantil, insano ou puro,
dentro do vaso despejei:
meu amor, confiança e toda a esperança.
Era um lugar seguro!
Mas um dia o vento chegou, impiedoso,
e nem era tão forte assim...
Mas do alto de meus sonhos e loucura,
o vaso despencou...
De cerâmica ele era feito,
e seus cacos espalharam-se pelo chão,
revelando-o sob a pintura.
Meu amor e minha alma, derramados
misturando-se ao pó, afinal.
Meu sonho e minha crença despedaçados.
Nada restou, impossível acreditar no que via.
Naquele chão algo em mim morria,
Um grito, lágrimas, funeral.
Caí de joelhos entre os cacos do infeliz
misturado aos retalhos de mim,
recolhi o que pude e colei com cuidado.
No peito, um espinho.
Que dor!
Ele não mais poderia guardar água nem vinho:
meus sonhos, meu carinho,
meu amor!
Lídia Sirena Vandresen
(13.02.08)
*** Quero ser fênix! ***
“A fênix é uma ave de fogo de penas brilhantes
e douradas da mitologia grega
que, quando morria, renascia das próprias cinzas."
Um beijo enorme no coração de todos os que me amam
e outro naqueles que querem aprender a me amar
e um maior ainda naqueles que pensam me odiar.
Porque todos esses de alguma forma se importam comigo!
amigos me deixando mais feliz com suas visitas...
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