Mãe!
Mãe, o teu olhar tinha pra mim a doce magia
Que acalmava minha alma devolvendo a alegria,
O medo e o dissabor se dissolviam em teu amor
Como nuvem passageira sob o sol em esplendor
Tua palavra, uma carícia que conforta e ensina
Mesmo ao dizeres não, sempre o carinho que anima,
Conduzindo pela mão, corajosa e companheira,
És preciosa ao Senhor, ó mulher tão verdadeira!
Hoje as rugas que escrevem na tua face cansada,
Contam das noites de agonia da alma angustiada,
Da canção, da oração e da lágrima doída,
De quem viveu por amor cada dia de sua vida.
Obrigada, minha mãe, pelo pão que amassou
E recheado de carinho, num sorriso ofereceu.
Agradeço a roupa limpa e o cobertor que me abraçou
Em cada gesto tão pequeno, o amor que me aqueceu.
Lídia Sirena Vandresen
(01.05.08)