Título: Doomed Love
Autora(o): Juliana
Shipper: Robert Pattinson & Kristen Stewart
Gênero: Romance, Drama, Sexo.
Censura: NC-17
***
Eu fiquei olhando para aquele anel sem entender. O que Rob estaria fazendo com um anel daqueles no bolso da jaqueta? E aquele anel... Não era um anel qualquer. Era tão... brilhante. Parecia um anel de...Eu senti meu coração falhar. Sem pensar em nada, eu sai correndo do quarto e entrei no elevador em direção ao topo do prédio. Estava nas escadas quando topei com Tom
- Rob ainda esta aí em cima? - indaguei sem fôlego. Em vez de rir e fazer alguma piadinha como sempre fazia, Tom me encarou com hostilidade.
- Acho melhor você não perturbá-lo mais
- O que? Sai da minha frente!
- Ele esta superando. Depois do que você fez, ele finalmente esta superando. Não estraga tudo
- A claro, ele esta superando tanto que vai pedir alguém em casamento? - indaguei sacudindo a caixa na frente dele
- Ele ia pedir você. Isto esta no bolso dele desde aquela manhã que fugiu do apartamento dele em Oregon.
Eu parei, sem saber o que dizer, toda a cor fugindo do meu rosto. Tom saiu da minha frente
- Faça como quiser.
Mas eu não me mexi enquanto ele desaparecia escada abaixo. Minha mente girava num turbilhão. Por fim eu obriguei meus pés a se mexerem e subi o resta dos degraus. Rob ainda estava no mesmo lugar, de costas para mim, olhando a cidade. O vento gelado soprou meus cabelos, mas eu não me importei
- Rob! – gritei. Ele se virou para me encarar, as mãos no bolso na blusa
- Eu achei isto em seu bolso - Ele olhou a caixa na minha mão e deu de ombros
- Pode ficar. É seu
- Quando... - eu não conseguia articular um pensamento coerente - O Tom me disse... Fala pra mim que é mais uma das brincadeiras dele – pedi
- Isto te faria se sentir melhor?
- Droga! Eu não quero me sentir melhor eu quero...eu quero a verdade – sussurrei. Ele tirou a mão do bolso para passar pelos cabelos, desviando o olhar do meu por um instante e quando ele voltou a me encarar, tinha os olhos tão turbulentos quanto uma tempestade
- Você quer saber a verdade. Eu amo você. Quero ficar com você. Pra sempre.
Meu coração parou de bater. O ar se recusava a sair dos meus pulmões.Mil sentimentos passaram por mim. Era como estar caindo e não ter onde me apegar.
- Mas você...este anel... - balbuciei, sentindo-me sem chão. Ele riu suavemente, tristemente.
- Eu ia pedir pra casar comigo, não é absurdo? E eu que sempre te chamei de absurda. Eu acordei naquela manha e pensei que não havia outra coisa que eu quisesse no mundo e eu voltei na mesma loja que comprei o outro anel e quando eu voltei pra casa. Você tinha ido embora.
Eu podia facilmente imaginar a cena. Droga! Eu podia imaginar tudo perfeitamente. E sentia uma espécie de... pesar. Um dolorido e sofrido pesar
- Eu não sabia...
- E quando eu te encontrei de novo, lá estava você. Com seu namorado e eu... caí na real. - Sim, eu me lembrava. E me perguntei o que teria acontecido se eu não tivesse ido embora. Se eu tivesse esperado...
- Por que nunca me disse? - indaguei
- Eu disse. Naquela ultima noite. Quatro vezes pra ser mais exato.
- Aquilo não era sério...
- Não era sério pra quem, Kris? - Eu queria gritar que era sério pra mim. Eu queria bater na cara dele e dizer que se eu estava um trapo agora era justamente por causa disto. Porque ele tinha me feito acreditar que era sério. E agora aquilo não existia mais. Nós não existíamos mais. Mas porque aquele maldito anel ainda continuava ali? - Nada disso importa mais agora – ele disse por fim
- Se não importa porque estava com ele no seu bolso?
- Eu não sei. Acho que estava esperando que o momento voltasse. O momento que eu pudesse pedir pra você ficar comigo. Mas você não acredita em mim não é?
Eu o fitei sem saber mais o que eu mesma pensava. Até a poucos minutos atrás eu sabia exatamente a que pé andava a situação. Nos tínhamos dado um passo para sermos apenas amigos. E eu tinha certeza que estava deixando tudo para trás. Mas agora... Eu não tinha tanta certeza assim.
- Eu não sei o que pensar – sussurrei fracamente
- Não pense. Faça como sempre fez, jogue isto para debaixo do tapete. Como jogou tudo entre nós.
- Eu não... Droga! Porque eu não consigo me livrar disto?
- Talvez pelo mesmo motivo que eu não consiga me livrar deste anel. É amor, Kris. Sempre foi, sempre será – disse suavemente, com aquele riso de lado que virava meu mundo do avesso, seja onde fosse ou como fosse. Eu fechei os olhos com força. Eu só queria bater a cabeça na parede e chorar, chorar, chorar
- Acha que isto é suficiente? - murmurei
- É suficiente pra mim. Pra mim, basta você.
Eu tinha ciência que minhas defesas firmemente erguidas a custo de muito sofrimento estavam sendo destruídas. E não conseguia fazer nada para parar. Eu abri os olhos. Perdida. Tão perdida como nunca estivera antes. E ele ainda estava ali. E sorria. Um sorriso deferente de tudo o que eu já tinha visto. Era um sorriso inseguro. Era um sorriso esperançoso. Era o sorriso que eu amava. Eu senti um nó fechando minha garganta. Fuja daqui. Faça o que ele falou. Corra e se esconda; o mais longe possível. Então eu olhei o anel, na caixa ainda aberta em minhas mãos trêmulas. E o nó dentro de mim se intensificou. Fuja. Fuja. Fuja. "é amor Kris. Sempre foi. Sempre será" As palavras dançavam a minha volta. Eu peguei o anel de dentro da caixa e o fitei, despedaçada. As lágrimas que eu não podia mais conter escorriam por meu rosto. E então eu dei um passo para o precipício, sem me importar se chegaria viva lá embaixo. Sem desgrudar os olhos do dele, eu coloquei o anel no meu dedo.
Continua...