Título: Doomed Love
Autora(o): Juliana
Shipper: Robert Pattinson & Kristen Stewart
Gênero: Romance, Drama, Sexo.
Censura: NC-17
***
**Dezembro de 2008 – Natal**
Mais uma natal. Eu nunca fora muito fã deste tipo de festa. Nós não eramos católicos. Como todos em Los Angeles, então porque diabos tinham que comemorar? Estava com Michael na escada nos fundos da minha casa fumando. Mais um hábito nada ortodoxo que tinha adquirido ultimamente, depois do inferno que se tornou minha existência. Não que as coisas não estivessem relativamente calmas no momento, eu acreditava mesmo que o pior já tinha passado. Mesmo porque, ir mais fundo no poço era impossível. Mas eu tinha prometido viver um dia de cada vez, no caminho do esquecimento. Não era fácil. Como poderia ser fácil? Mas eu acreditava que mais 3 meses, com 2 trabalhos novos no caminho, iriam me fazer bem. Até março eu estaria inteira de novo. E desta vez, eu não seria tão idiota.
- Kristen! - ouvi a voz do meu pai me chamando e soltei um palavrão. Michael riu
- O que é? - gritei
- Telefone
-Diz que eu não estou
- É o seu celular que esta tocando
- Joga na parede
- Jogue você!
- Que saco! - resmunguei levantando e apagando o cigarro. Entrei batendo a porta
- Cadê o espirito natalino? - falei irônica, vendo meu pai tentar temperar um peru, enquanto meus irmãos se entretinham em uma espécie de luta livre na sala e minha mãe estava no computador trabalhando - Deixa pra lá..
- Ele esta tocando há horas - meu pai reclamou
- Era só desligar – resmunguei indo em direção ao meu quarto. Deveria ser a Niki. Ela ligara o dia inteiro. Estava passando o natal com seus pais no sul da califórnia, mas iria vir pra minha casa no dia seguinte, seria bom ouvir a voz de uma amiga. Peguei o telefone e atendi. Não era a Nikki. Eu definitivamente nao estava preparada para ouvir aquela voz de sotaque britãnico inconfundível
- Oi Kristen
***
**voltando para agosto**
Quanto tempo eu passei trancada no quarto, sem atender os chamados da minha mãe e depois do meu pai, eu não sei dizer. Até que eu ouvi uma voz diferente
- Kris, sou eu, Michael, abre a porta. - Eu enxuguei meu rosto e levantei, destrancando a porta. Ele me encarou ressabiado
- Seu pai falou que se você não abrisse, ia arrombar
- Que se dane – resmunguei, voltando pra cama. Michael fechou a porta atrás de si. Ele sentou ao meu lado e não falou nada. Por um longo tempo. Era disso que eu gostava nele, ele sabia quando eu não queria falar e entendia. Até que eu me acalmei e respirei fundo
- Meu pai te chamou aqui?
- Chamou. Ele achava que eu poderia ter algo a ver com isto. - ele riu – Como se isto fosse possível..
Eu tive que rir também. Eu e Michael nunca brigávamos. Eu nunca ficara mal por ele. Como foi que eu me transformara naquela idiota?
- Me desculpa por isto – falei respirando fundo
- Amigos são pra estas coisas não é?
- Você não precisava estar aqui. - Ele ficou sério
- Quem fez isto com você Kris? - Eu fiz uma careta
- Eu sou uma tola não é?
- Estas coisas acontecem
- Não comigo. Ou eu achava que não aconteciam comigo. Eu to pior que um personagem de romance barato. - Ele riu
- Você sabe que pode falar se quiser. Mas se não quiser... - Não. Eu não queria. Só de pensar já doía. Eu sacudi a cabeça
- Um dia talvez eu te conte.
- Quer que eu vá embora?
- Não. Fica - Eu já estava no inferno por causa dele mesmo. Agora era tarde. Nós ficamos ali por um tempo, conversando sobre bobagens. Até que meu pai bateu na porta
- Acho melhor você dar sinal de vida, Kris – Michael alertou e eu ri
- Você tem razão
- Entra - meu pai entrou com cara de poucos amigos
- Você não vai jantar? - Eu olhei a janela. Sim, já era noite e eu nem tinha percebido.
Eu não estava com a menor fome. Mas era melhor eu me socializar rapidinho. Antes que começassem as perguntas.
- Vou sim. Você fica, Michael?
- Claro - Eu levantei e fui pra sala, com Michael ao meu lado. E quase caí de costas quando o vi. Rob, estava na sala da minha casa.
Eu sinceramente achei que estava sonhando. Como ele ousava aparecer ali, como se nada tivesse acontecido? Conversando calmamente com a minha mãe e meus irmãos? Era o cúmulo da cara de pau. Ele me fitou muito sério.
- Até que enfim saiu do quarto – minha mãe comentou. Eu a fuzilei com o olhar, que ela não comentasse que eu passara o dia chorando. Seria o fim.
- O que esta fazendo aqui? - perguntei friamente. Ok, seria melhor que eu tivesse agido casualmente. Mas eu estava além daquele tipo de coisa hoje. Que a discrição fosse pro inferno.
- Precisamos conversar – ele disse. Certo. Era como se todo o movimento a nossa volta tivesse parado e todos assistissem entre curiosos e surpresos nosso estranho diálogo
- Acho que já dissemos tudo não?
- Agora eu to entendendo... - eu pude ouvir meu pai resmungar...
- Entendendo o que? - minha mãe indagou baixinho ao seu lado
- Não, não dissemos tudo – Rob falou
- Pois eu discordo. Agora pode ir embora.
- Eu não vou até você falar comigo
- É muita cara de pau aparecer aqui – falei entredentes – Eu não tenho nada pra falar com você – minha voz já estava aumentando
- Não seja absurda! - a dele também
- Escuta aqui rapazinho, se a Kristen pediu pra você ir embora, é melhor ir. - meu pai pediu
- Kristen, por favor – Rob agora implorou e teve uma parte minha que queria desesperadamente ouvir o pedido em sua voz. Mas ele não merecia
- Rob, por favor, vai embora – pedi, agora com a voz mais fraca. Sentia o nó se formando na minha garganta. Michael deve ter percebido, pois deu um passo a frente
- Acho melhor você ir embora mesmo, Pattinson - Então Rob o encarou com raiva
- Você, cala a boca!
- Rob, pára com isto – eu pedi
- Pára com isto? Eu chego aqui e encontro você com este cara e você ainda vem me dizer que não tem nada a ver
- Hei, cara não fala assim com a Kr... - Michael não conseguiu terminar pois Rob avançou pra cima dele, com um soco . Foi tudo muito rápido. Num minuto Michael estava no meu lado, no outro estava no chão e Rob partia pra cima dele de novo.
Continua...
Autora(o): Juliana
Shipper: Robert Pattinson & Kristen Stewart
Gênero: Romance, Drama, Sexo.
Censura: NC-17
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Mais uma natal. Eu nunca fora muito fã deste tipo de festa. Nós não eramos católicos. Como todos em Los Angeles, então porque diabos tinham que comemorar? Estava com Michael na escada nos fundos da minha casa fumando. Mais um hábito nada ortodoxo que tinha adquirido ultimamente, depois do inferno que se tornou minha existência. Não que as coisas não estivessem relativamente calmas no momento, eu acreditava mesmo que o pior já tinha passado. Mesmo porque, ir mais fundo no poço era impossível. Mas eu tinha prometido viver um dia de cada vez, no caminho do esquecimento. Não era fácil. Como poderia ser fácil? Mas eu acreditava que mais 3 meses, com 2 trabalhos novos no caminho, iriam me fazer bem. Até março eu estaria inteira de novo. E desta vez, eu não seria tão idiota.
- Kristen! - ouvi a voz do meu pai me chamando e soltei um palavrão. Michael riu
- O que é? - gritei
- Telefone
-Diz que eu não estou
- É o seu celular que esta tocando
- Joga na parede
- Jogue você!
- Que saco! - resmunguei levantando e apagando o cigarro. Entrei batendo a porta
- Cadê o espirito natalino? - falei irônica, vendo meu pai tentar temperar um peru, enquanto meus irmãos se entretinham em uma espécie de luta livre na sala e minha mãe estava no computador trabalhando - Deixa pra lá..
- Ele esta tocando há horas - meu pai reclamou
- Era só desligar – resmunguei indo em direção ao meu quarto. Deveria ser a Niki. Ela ligara o dia inteiro. Estava passando o natal com seus pais no sul da califórnia, mas iria vir pra minha casa no dia seguinte, seria bom ouvir a voz de uma amiga. Peguei o telefone e atendi. Não era a Nikki. Eu definitivamente nao estava preparada para ouvir aquela voz de sotaque britãnico inconfundível
- Oi Kristen
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Quanto tempo eu passei trancada no quarto, sem atender os chamados da minha mãe e depois do meu pai, eu não sei dizer. Até que eu ouvi uma voz diferente
- Kris, sou eu, Michael, abre a porta. - Eu enxuguei meu rosto e levantei, destrancando a porta. Ele me encarou ressabiado
- Seu pai falou que se você não abrisse, ia arrombar
- Que se dane – resmunguei, voltando pra cama. Michael fechou a porta atrás de si. Ele sentou ao meu lado e não falou nada. Por um longo tempo. Era disso que eu gostava nele, ele sabia quando eu não queria falar e entendia. Até que eu me acalmei e respirei fundo
- Meu pai te chamou aqui?
- Chamou. Ele achava que eu poderia ter algo a ver com isto. - ele riu – Como se isto fosse possível..
Eu tive que rir também. Eu e Michael nunca brigávamos. Eu nunca ficara mal por ele. Como foi que eu me transformara naquela idiota?
- Me desculpa por isto – falei respirando fundo
- Amigos são pra estas coisas não é?
- Você não precisava estar aqui. - Ele ficou sério
- Quem fez isto com você Kris? - Eu fiz uma careta
- Eu sou uma tola não é?
- Estas coisas acontecem
- Não comigo. Ou eu achava que não aconteciam comigo. Eu to pior que um personagem de romance barato. - Ele riu
- Você sabe que pode falar se quiser. Mas se não quiser... - Não. Eu não queria. Só de pensar já doía. Eu sacudi a cabeça
- Um dia talvez eu te conte.
- Quer que eu vá embora?
- Não. Fica - Eu já estava no inferno por causa dele mesmo. Agora era tarde. Nós ficamos ali por um tempo, conversando sobre bobagens. Até que meu pai bateu na porta
- Acho melhor você dar sinal de vida, Kris – Michael alertou e eu ri
- Você tem razão
- Entra - meu pai entrou com cara de poucos amigos
- Você não vai jantar? - Eu olhei a janela. Sim, já era noite e eu nem tinha percebido.
Eu não estava com a menor fome. Mas era melhor eu me socializar rapidinho. Antes que começassem as perguntas.
- Vou sim. Você fica, Michael?
- Claro - Eu levantei e fui pra sala, com Michael ao meu lado. E quase caí de costas quando o vi. Rob, estava na sala da minha casa.
Eu sinceramente achei que estava sonhando. Como ele ousava aparecer ali, como se nada tivesse acontecido? Conversando calmamente com a minha mãe e meus irmãos? Era o cúmulo da cara de pau. Ele me fitou muito sério.
- Até que enfim saiu do quarto – minha mãe comentou. Eu a fuzilei com o olhar, que ela não comentasse que eu passara o dia chorando. Seria o fim.
- O que esta fazendo aqui? - perguntei friamente. Ok, seria melhor que eu tivesse agido casualmente. Mas eu estava além daquele tipo de coisa hoje. Que a discrição fosse pro inferno.
- Precisamos conversar – ele disse. Certo. Era como se todo o movimento a nossa volta tivesse parado e todos assistissem entre curiosos e surpresos nosso estranho diálogo
- Acho que já dissemos tudo não?
- Agora eu to entendendo... - eu pude ouvir meu pai resmungar...
- Entendendo o que? - minha mãe indagou baixinho ao seu lado
- Não, não dissemos tudo – Rob falou
- Pois eu discordo. Agora pode ir embora.
- Eu não vou até você falar comigo
- É muita cara de pau aparecer aqui – falei entredentes – Eu não tenho nada pra falar com você – minha voz já estava aumentando
- Não seja absurda! - a dele também
- Escuta aqui rapazinho, se a Kristen pediu pra você ir embora, é melhor ir. - meu pai pediu
- Kristen, por favor – Rob agora implorou e teve uma parte minha que queria desesperadamente ouvir o pedido em sua voz. Mas ele não merecia
- Rob, por favor, vai embora – pedi, agora com a voz mais fraca. Sentia o nó se formando na minha garganta. Michael deve ter percebido, pois deu um passo a frente
- Acho melhor você ir embora mesmo, Pattinson - Então Rob o encarou com raiva
- Você, cala a boca!
- Rob, pára com isto – eu pedi
- Pára com isto? Eu chego aqui e encontro você com este cara e você ainda vem me dizer que não tem nada a ver
- Hei, cara não fala assim com a Kr... - Michael não conseguiu terminar pois Rob avançou pra cima dele, com um soco . Foi tudo muito rápido. Num minuto Michael estava no meu lado, no outro estava no chão e Rob partia pra cima dele de novo.
Continua...