Título: Doomed Love
Autora(o): Juliana
Shipper: Robert Pattinson & Kristen Stewart
Gênero: Romance, Drama, Sexo.
Censura: NC-17
***
Dirigi sem rumo por grande parte da noite. Totalmente perdida. Pensando nas coisas que ele tinha me dito. Era realmente fácil ficar culpando Robert, quando eu tinha grande parcela de culpa também. Ele tinha razão em dizer que eu dificultava as coisas. E eu tinha ciência mais do que nunca que as coisas estavam nas minhas mãos agora. Eu só não sabia o que fazer com elas. E quando estacionei em frente a minha casa e saí do carro, eu levei um susto ao ver alguém me esperando. Michael estava sentando na minha varanda com cara de poucos amigos
- Oi Kristen
- Michael? O que esta fazendo aqui? - Certo, era uma pergunta idiota. Mas eu não estava preparada para vê-lo. Não depois de hoje.
- Onde estava?
- Por aí – eu dei de ombros.
- Fiquei te esperando um tempão.
- Podia ter ligado e avisado que vinha.
-Eu nunca precisei avisar Kristen - Eu suspirei, cansada
- O que quer dizer?
- Que você esta estranha comigo
- Michael, nós já tivemos esta conversa antes...
- E nunca dá em nada!
- Não sei o que você quer.
- Eu quero que tudo seja como antes.
- As coisas mudam. - Ele se aproximou de mim. E eu rezei para que ele não me beijasse. Hoje eu não poderia beijá-lo de jeito nenhum. Ele tentou me abraçar e eu me afastei - Michael, está tarde. Amanhã eu tenho um monte de coisas pra fazer...acho melhor ir embora
- Nós precisamos conversar...
- Mas eu não estou afim de conversar agora, ta? - eu explodi. Só esperava que meus pais não acordassem.
- E quando você estará afim?
- Esta me dando um ultimato?
- Eu acho que é mais que justo
- Michael, faça um favor a nós dois e vai embora, por favor.
- Se eu for agora, Kristen, acho melhor eu nem voltar mais
- Como? Esta terminando comigo?
- Eu não disse isto
- Mas foi o que eu entendi
- Não quero terminar com você
- Mas sabe de uma coisa, Michael. Eu acho que tem razão. Não esta dando certo. Acho que devemos terminar. - Ele me fitou confuso
- Esta falando sério? - Sim, eu estava. E foi como se um peso fosse tirado das minhas costas.
- Sim, eu estou. - Ele não falou nada. Apenas virou-se e entrou no próprio carro indo embora. Eu me senti triste. Eu gostava dele. Tinha passado anos com ele. E porque eu o estava dispensando sem maiores explicações? De repente eu me senti tremendamente culpada. Michael merecia mais do que isto. Eu tinha ciência que as coisas tomavam um caminho sem volta, desde que Rob entrara na minha vida. Mas eu não podia deixar o Michael assim. Eu voltei para o carro e me sentei ao volante. E parei ao ver a toca de Rob caída no banco. Eu a peguei. A lembrança de como ela tinha saído de sua cabeça invadindo minha memória. O que estava fazendo? Por um momento a confusão se debateu dentro de mim. Eu podia ir atrás do Michael. Eu podia pedir desculpas a ele. Nós voltaríamos e ele nunca iria saber o que tinha acontecido em Oregon. Ou o que tinha acontecido naquele carro hoje. Mas eu não podia fazer aquilo, pensei, vencida, desligando o motor. Porque eu sabia, bem lá no fundo, que o que eu sentia pelo Michael não era nada perto do que eu sentia pelo dono daquela toca. Eu encostei a cabeça no volante, as lagrimas caindo. Eu costumava me considerar a pessoa mais sensata do mundo. Então como é que eu tinha me apaixonado pelo cara errado?
Eu não saberia dizer quanto tempo eu fiquei chorando abraçada com o volante. Me sentia entorpecida quando entrei em casa, me arrumei pra dormir como uma sonâmbula e só quando eu acordei no dia seguinte, foi que percebi que a toca de Rob ainda estava nas minhas mãos. As lembranças da noite anterior voltaram como uma enxurrada. Assim, a luz do dia as coisas pareciam mais difíceis ainda. Eu tinha terminado com Michael. E como se não bastasse me sentir mal com isto, eu ainda tinha que lidar com o fato de estar apaixonada por outro cara. Naquele dia eu não conseguia pensar em outra coisa. Era como uma idéia fixa em minha mente. Agora que eu tinha admitido pra mim mesma, eu percebia como a tempos eu me sentia assim, sem nem me dar conta. Eu estava terrivelmente encrencada. Meu celular tocou o dia inteiro e cada vez que tocava eu achava que era o Rob e meu coração parava de bater. Mas não era ele e sim Michael. Eu tinha decido não falar com ele. Claro que uma hora teríamos que ter uma conversa civilizada, mas não agora, quando eu me sentia mais perdida do que nunca. Mas de uma coisa eu tinha certeza: eu fiz a coisa certa terminado com ele. Devia saber, desde Oregon que nosso relacionamento chegaria ao fim. Se eu gostasse do Michael de verdade não tinha me envolvido com Pattz, esta era a verdade. Mas quando cheguei em casa naquela noite, Michael estava lá me esperando. Eu xinguei em pensamento quando saí do carro
- O que faz aqui Michael?
- Eu... Acho que precisamos conversar...
- Já disse o que eu tinha pra dizer ontem – cortei
- Vai mesmo fazer isto? - Eu suspirei pesadamente
- Michael, eu sei que te devo mil explicações, mas não estou com cabeça pra isto agora
- Tem outro cara? - Ops. Por esta eu não esperava. Eu mordi os lábios, nervosa.
- Claro que não - Eu devo ser mesmo uma boa atriz, pois ele pareceu acreditar. Michael já estava chateado pelo rompimento, não adiantava nada eu piorar tudo contando sobre Rob.
- Então porque estamos terminando?
- Porque tudo mudou entre nós. Você mesmo disse.
- Pode voltar a ser como antes
- Eu duvido muito
- Por favor Kristen...
- Michael, não faça isto,ta bom? Eu ainda quero ser sua amiga, gosto demais de você e não quero ficar com raiva, mas é isto que vai acontecer se você continuar insistindo.
- Tudo bem... - Eu respirei aliviada
- Você vai na MTV domingo?
- Sim, eu vou.
- Acho que não estou mais convidado não é? - ele falou sorrindo sem graça
- Bem, Michael... Desta vez eu acho melhor não.
- Ta bem. A gente se vê – ele se aproximou e beijou meu rosto e então me encarou
- Que toca é esta? - Só então eu reparei que estava usando a toca de Rob o dia inteiro.
- Ah...é minha. - respondi rápido – Tchau, Michael. - Ele se afastou e eu entrei em casa, tirando a toca. Eu fiquei olhando pra ela em minhas mãos. Pensando no que eu faria dali pra frente, agora que estava sozinha. Sem pensar, eu obedeci minha verdadeira vontade pela primeira vez e liguei para o hotel que Rob estava. Mas me informaram que ele tinha saído. Desliguei frustrada. Era melhor esperar até domingo. E então....então o que? Eu sentia um frio na boca do estômago. Infinitas possibilidades. Era isto que me fazia suar frio agora. Não tinha mais porque eu fugir e me esconder. Meu coração batia descontrolado no peito, quando eu finalmente admiti a possibilidade de dizer a Pattz exatamente o que eu estava sentindo. E deixar fluir... Domingo seria o dia da verdade.
Continua...