Título: Doomed Love
Autora(o): Juliana
Shipper: Robert Pattinson & Kristen Stewart
Gênero: Romance, Drama, Sexo.
Censura: NC-17
***
Então o que eu estava fazendo no aeroporto de Los Angeles exatamente três horas depois? Eu roia as unhas. Pensando em dar meia volta e toda hora. A cada vôo anunciado. Eu não deveria estar ali. De maneira alguma. Mas eu estava. Por que existia uma parte de mim que precisava estar ali. Era simples assim. Eu mordi os lábios quando o vi de longe. Escondi minhas mãos trêmulas no bolso. Os cabelos estavam escondidos pela toca preta e ele sorriu ao me ver. Eu sorri de volta. O que mais eu poderia fazer? Era inevitável. Ele caminhou em minha direção e eu percebi que nunca sentira tanta falta de alguém na vida. E quando ele parou na minha frente, o sorriso devastando meu equilíbrio, eu voltei lentamente para nosso mudinho particular. E foi como se tudo desaparecesse ao meu redor. Sabe aquela sensação que temos às vezes de que falta alguma coisa, mas não sabemos o que é? Eu me dei conta naquele momento que eu sentia falta de algo. Algo que estava olhando pra mim agora. Fazendo me sentir inteira de novo. Acho que poderiam se passar cem anos. Eu sempre me surpreenderia com aquela mudança quase climática a minha volta toda vez que ele estava junto. Era como estar numa realidade paralela. E não querer sair mais de lá. Era assustador.
- Oi – ele falou sorrindo
- Oi
Eu queria dizer muitas coisas, mas todas as palavras me fugiram a memória. Era demais pra mim pensar. Até respirar. Eu via vagamente as pessoas passando a nossa volta, enquanto nos olhávamos sem nada dizer. Nem saberia dizer quanto tempo se passou. Mas então alguém parou ao nosso lado e eu não teria notado sua presença se ele não tivesse falado comigo.
- Oi Kristen - Eu olhei e vi Tom e fiquei meio confusa por um instante
- Oi...Tom. - Desta vez os dois riram
- Esta é nossa carona? - Tom virou-se para Rob, que ainda olhava pra mim daquele jeito tão intenso quanto embaraçoso. E agora, consciente da platéia, eu fiquei vermelha.
- Carona? - indaguei irônica - Rob deu de ombros
- Eu não sei a sua Tom, mas é minha com certeza
- Hei, isto não é justo
- Se vira - Rob pegou minha mão e me puxou. Eu o acompanhei ainda meio apalermada. Mas não passava pela minha cabeça não fazê-lo. Nós saímos para a rua escura, já era tarde da noite.
- O Tom podia vir também - Eu precisava falar alguma coisa. Qualquer coisa. Pra sair daquela névoa estranha e bizarra. Soltei minha mão da sua. Eu precisava de algum espaço também.
- O Tom sabe se virar.
- Não sou sua motorista exclusiva Pattz. Pedisse pra alguém da produção te pegar
- Não queria ninguém além de você.
- Eu deveria nem ter vindo. Depois de você desligar na minha cara
- Kristen, se vamos ter esta discussão, melhor ser em outro lugar. - ele falou rindo. Ta bom, ele tinha razão. A última coisa que queria era chamar a atenção. Entramos no carro.
- Não sei pra onde quer ir – falei
- Nem eu - Eu revirei os olhos, dando partida
- Não posso ficar dando voltas com você a noite inteira.
- Escolhe qualquer bar
- Bar? - Ele riu
- Preciso beber alguma coisa
- Por acaso você é algum alcoólatra ou algo assim? - Ele riu
- Apenas dirija Kristen
- Não sou sua motorista
- Então porque esta aqui? - Boa pergunta. Era melhor eu nem responder.
- Quem disse que eu conheço algum bar?
- Claro, esqueci que você é menor de idade... - Ele remexia nos meus CD e colocou uma música. Eu quase gemi em desespero ao ver que ele colocara justo o CD da Nikki. Eu suspirei, tentando manter a calma. Talvez eu batesse o carro e aí seríamos noticias em todos os jornais. Péssima publicidade. De repente me vi desesperada para acabar logo com aquilo. Antes que “aquela” música começasse a tocar. Eu dirigi até um lugar que eu conhecia. Claro que eu conhecia algum bar em Los Angeles, não era tão idiota assim. E era melhor mesmo eu me livrar dele logo. Eu parei o carro em frente ao bar
- Está entregue - Ele riu
- Você é absurda Kristen – falou saindo do carro. Eu devia ser muito ingênua por achar que ele me deixaria ir embora. E nem deveria ter me surpreendido quando ele abriu a minha porta e me puxou para fora.
- Eu realmente não estou afim de bebedeiras hoje – argumentei com todo descaso possível. E ele sorriu.
- Que bom que não vai beber. Assim pode me carregar pra casa depois. - Eu nem respondi, pois ele já me puxava para dentro do bar. Eu realmente me preocupei por um instante em ser reconhecida ali. Imagina a fofoca que seria. Nós sentamos numa mesa e Rob percebeu o que eu estava pensando
- Relaxa Kristen
- Eu queria saber o que vim fazer aqui...
- Você sabe muito bem - Eu respirei fundo, olhando para todos os lados, menos pra ele. E quase dei um pulo quando senti a sua mão em cima da minha. Eu não olhei em sua direção mesmo assim. Então ele me puxou para perto.
- Não sei porque precisa agir assim. Não vou te morder Kristen. - falou em meu ouvido. E eu fechei os olhos. Embriagada. E nem tinha posto um gole de álcool na boca.
- Não sei porque não acredito nesta sua afirmação, Rob – consegui falar e ele riu, a respiração dele fez cócegas em minha pele, o hálito quente entrando em meu ouvido. E a minha respiração se acelerou. Muito.
- Esta pedindo pra eu te morder, Kristen?
- Vi dar uma de Edward?
- Edward nunca mordeu a Bella - Desta vez eu ri, me virando para fitá-lo. O que foi um erro, claro. O rosto perfeito estava muito próximo do meu. Eu tentei me afastar, mas ele me puxou pelo cabelo, a boca encostando na minha sem aviso algum. E eu esqueci de qualquer consideração sensata. Eu esqueci até quem eu era! Eu só não esqueci do quanto era delicioso quando ele me beijava. Definitivamente não tinha nada igual. Nada mais intenso, mais embriagador. Meu pulso acelerou enquanto a língua adentrava na minha boca. Minhas mãos subiram para seu cabelo como se tivessem vontade própria, arrancando a toca que me impedia de tocar os fios macios. E eu o beijei com vontade. Os dedos dele ainda estavam em meu cabelo, enquanto um braço passou pela minha cintura, me trazendo ainda para mais perto. Minha cabeça girava num turbilhão. E tudo o que eu desejava naquele momento era que ele não parasse de me beijar nunca mais. Mas ele parou e me fitou com aquele sorriso torto
- Eu tive vontade de fazer isto desde a hora que te vi. - Eu queria dizer que eu não queria. Mas seria uma tremenda mentira. E então ouvi um pigarro e me afastei mortificada, me lembrando que estávamos em público. Droga! Droga! O garçom nos olhava com cara de enfado. Certo, ele não fazia idéia de quem a gente era. Ótimo. Menos uma coisa pra eu me preocupar. Rob pediu uma bebida pra ele e perguntou o que eu queria. Eu queria beber algo bem forte. Mas estava dirigindo, então optei por água.
- E então Kristen. Como ficamos? - Eu o fitei. Eu tinha mesmo ouvido aquilo? Por que aos meus ouvidos soou como uma espécie de ultimato. E agora, eu dizia o que?
Continua...