Título: Doomed Love
Autora(o): Juliana
Shipper: Robert Pattinson & Kristen Stewart
Gênero: Romance, Drama, Sexo.
Censura: NC-17
***
- Eu sinto falta de você
Escapuliu. Eu juro. Mas eu disse aquilo. E o pior: eu me senti liberta quando disse. Porque era a mais pura verdade. Eu me consumia há semanas e não podia dizer nada pra ninguém. Nem a mim mesma. De repente a música que tocava na sala chegou até mim, mais baixa agora, junto com as vozes do outro lado da porta, mas era como se não houvesse ninguém ali. Eu mordi os lábios, os braços ainda cruzados em frente ao peito. Ele me fitava com um olhar indagador. Eu mordi os lábios dando de ombro
- Não queria me sentir assim - falei. Agora eu precisava falar. Por pra fora. - Mas... Ainda é difícil dizer o que esta acontecendo. Eu me sinto... Sem saber o que fazer e... Eu só queria... Eu nem sei o que eu quero... - De uma hora pra outra ele estava na minha frente. E ele sorria. Não qualquer sorriso, mas aquele de lado que parecia iluminar tudo a sua volta. Seus dedos tocaram meu rosto.
- Você sabe, Kristen. Mas ainda não esta preparada para admitir.
- Eu não... - eu tentei me afastar, mas ele me segurou
- Não vai sair daqui enquanto não fizer o que veio fazer - Eu o encarei. O sangue correndo mais rápido em minhas veias, mas minha mente se recusando a trabalhar direito. Ele sorriu ainda mais, suas mãos seguraram meus braços obrigando a descruzá-los e então eu me lembrei da minha roupa molhada. Mas fui incapaz de me mexer, quando eu senti os dedos dele na barra da minha blusa. Ele puxou a para cima a tirando. Eu parei de respirar, a música continuava a tocar lá fora. Nossos olhares se prenderam e tudo o mais foi esquecido. A eletricidade entre nós dava pra gerar um curto circuito. Ele abaixou a cabeça e beijou o meu rosto, os lábios deslizando por minha pele, até meu ouvido, enquanto os dedos abriam o fecho frontal do meu sutiã
- Acho que esta molhado também
Eu não ia discordar. De maneira alguma. Os lábios desceram por minha garganta, meus ombros e eu prendi a respiração em expectativa ao sentir o hálito quente em meu peito. E então eu deixei de pensar. Minha cabeça pendeu para trás e eu senti dificuldade de respirar. As batidas desenfreadas do meu coração deveriam estar sendo ouvidas na cidade inteira. Minhas mãos subiram como se tivessem vontade própria para se imiscuir em meio aos cabelos cor de areia e seu nome saiu dos meus lábios trêmulos. Era pra ser um protesto. Mas até para meus ouvidos saiu mais como uma súplica. Eu ia derreter ali mesmo se ele não parasse com aquilo agora. E ele parou. Apenas para me beijar na boca, de uma forma tão intensa e faminta que eu duvidaria que voltaria a respirar um dia. Mas quem precisava respirar? Calor. Calor. Calor. Era só o que eu sentia. As mãos dele estavam no meu cabelo e eu me apertei contra ele, não querendo que restasse nem um espaço entre nós. Meus dedos abriram desajeitados botões de sua camisa, os beijos se sucediam cada vez mais urgentes e profundos. Eu mais senti do que vi, quando ele me empurrou pelo quarto eu só me toquei de onde estava quando me vi caindo, e depois os lençóis frios da cama contra minhas costas, seguidas do peso dele contra mim. A boca se desgrudou da minha para traçar um caminho de fogo por meu rosto, os dentes mordiscando meu pescoço. Eu abri os olhos e olhei o teto acima de mim, respirando com dificuldade, enquanto sentia os dedos deles circundando meus seios, os lábios devorando minha garganta. Eu estava completamente perdida. E nem estava me importando. Queria que aquilo não acabasse nunca. Ele me beijou de novo, a língua passeando por meus lábios, os dedos agora no meu rosto e eu senti meu coração se despedaçando em mil pedaços que eu sabia, nunca mais seriam concertados e em algum lugar dentro da minha mente a realidade se intercedeu. Não. Não. Não. Eu não queria a realidade. Eu queria ser Jeanne. Em algum lugar de Paris, como se não houvesse nada lá fora. Como se fossemos só nós dois. Meus braços o prenderam com mais força, com quase desespero e eu o beijei de volta, sentindo seu gosto, seu cheiro impregnando minhas narinas, seu peso sufocando minhas dúvidas. Mas ele parou e me encarou. Seus dedos desenharam minha sobrancelha e ele sorriu E eu soube que eu não ia continuar com aquilo. Deus. Eu era uma imbecil! Ele me fitou. Em seus olhos havia um misto de exasperação e frustração. E eu não podia culpá-lo
- Eu sei o que você quer. Talvez eu também queira, mas não posso fazer isto. Me desculpe.
Ele apenas meneou a cabeça afirmativamente como se tivesse ponderando o que eu dissera.
Achei que ele fosse me xingar. Ele tinha todo o direito de estar bravo.
- Se eu prometer não insistir mais, posso ficar com você? - Eu lancei-lhe um olhar incrédulo
- Esta brincando não é? - eu o empurrei sentando na cama. Me sentindo exposta agora, cruzei os braços em frente ao corpo.
- Acha mesmo que isto dará certo? Olha a onde estamos!
- Eu não vou dizer que eu sinto muito por isto, porque eu não sinto.
Ele levantou-se, acabando de abrir a blusa que eu tinha começado e passou pra mim, eu peguei e a vesti. Foi um erro, claro. O cheiro dele agora estava impregnado em mim
- Eu sei que a culpa é minha...
- Pára com esta coisa provinciana de culpa! - ele falou exasperado
- Não era pra eu me sentir culpada? Desculpa, mas eu me sinto. - Eu levantei
- Preciso sair daqui
- Isto, foge de novo
- Não estou fugindo – gritei irritada – Acha que é fácil pra mim? Como acha que eu me sinto?
- Kristen, por favor. - ele aproximou-se e eu dei um passo atrás
- Não faça isto. - Ele parou respirando fundo. - Eu não sei como continuar com isto sem enlouquecer; Eu só sei que ainda preciso estar todos os dias com você e isto não esta dando certo. - falei
- Você tem razão.
- Eu não quero brigar com você – confessei – Mas também não posso... Não posso... - deixei as palavras no ar
- Também não quero brigar com você.
- Acha que... Ainda podemos ser amigos? - perguntei esperançosa
- Você disse a pouco que era impossível - Eu dei de ombros
-Trabalhamos juntos. Acho que não há outra saída. A não ser que você... Não queira
Eu não podia suportar que ele não quisesse ficar perto de mim
- Acho que não temos saída não é? - ele sorriu. Quando ele sorria assim, era como se tudo fosse ficar certo. E eu sorri também - Então voltamos a ser amigos ou algo assim? - ele indagou
- Algo assim – eu concordei. Eu sentia como se um peso fosse tirado das minhas costas. Era como uma droga. Eu sabia que tinha que ficar longe das tentações. Mas não conseguia. Eu estava flertando com o perigo e estava além das minhas forças. Mas se ele prometia que as coisas ficariam no nível da amizade, e eu tinha que acreditar. Mesmo depois de hoje. Eu precisava acreditar.
- Quer mesmo ir embora? Eu te levo pra casa - ele indagou quando saímos do quarto.
Eu dei graças a deus agora da festa estar tão cheia, assim ninguém reparou em mim...
- Não, eu posso ir sozinha.
Ele pegou as chaves do carro dele
- Não vou dirigir seu carro
- Melhor do que ir andando a esta hora
- Ta bom, obrigada.... Tchau – eu falei
Continua..