Título: Doomed Love
Autora(o): Juliana
Shipper: Robert Pattinson & Kristen Stewart
Gênero: Romance, Drama, Sexo.
Censura: NC-17
***
Eu fui pra casa naquele dia pensando na tal festa. Então ele e suas amiguinhas iam dar uma festa? Bem, realmente não era da minha conta. Mas eu me remoia de um sentimento ruim, esmagador. Que eu não queria definir. Já estava encrencada do jeito que estava. Não precisava de mais. Assim passaram alguns dias. Nós estabelecemos uma rotina de paz. Aparentemente. Passávamos os dias gravando e eu até conseguia trocar algumas palavras civilizadas com ele sem agredi-lo. Ajudava ele não ter tocado mais no assunto. Na verdade ele meio que me ignorava no restante do tempo. Claro que eu não me importava. Não era isto que eu queria? Eu sempre o vi na companhia de Rachelle ou Nikki Será que ele estava ficando com uma delas. Ou as duas? Eu tinha vontade de perguntar pra Nikki, mas não tinha coragem. Ela agia normalmente, como se fosse apenas amigos, mas vai saber? Porém, o problema todo, era que eu me chateava com isto. Por mais idiota que podia ser, eu sentia muita falta da época que éramos inseparáveis. Minhas noites eram vazias agora, e tão improdutivas quanto jamais foram. E eu me via ansiosa pelo dia seguinte, para quando estaríamos gravando. Quão patética eu podia ser? Numa noite, a Nikki apareceu na minha porta
- Vai se vestir, vamos sair
- Eu já falei que não posso...
- Pode sim!
- Não estou afim de ir pra nenhum bar
- Nós não vamos pra bar nenhum. Vamos pra casa do Rob - Eu lutei contra o grito de “pior ainda” que subiu pela minha garganta e dei de ombros com expressão casual.
- Acho que não vai dar....
- Você vai sim! - Nikki entrou no meu quarto e abriu meu guarda roupa - Vou escolher uma roupa pra você - Não adiantou eu falar não. Uma hora depois lá estava eu subindo as escadas em direção ao apartamento de Rob. Vestindo uma roupa que, sinceramente, não tinha muito a ver comigo. Mas Nikki insistira
- Nikki, eu não estou indo para aparecer ou algo assim - Ela revirou os olhos
- Sei que tem namorado, mas não precisa ir parecendo uma mendiga!
- O dono do apartamento se veste como um mendigo e daí? - Ela riu
- É diferente. Eles podem se dar ao luxo de sair por aí fingindo que são sem teto. Nós não!
E agora, quando entrávamos no apartamento abarrotado de gente, metade que eu nunca tinha visto, mas que Nikki jurava que a maioria estava trabalhando no filme, eu tentava puxar o decote da blusa pra cima. Nikki bateu na minha mão
- Pára com isto!
- Uau – um rapaz de cabelos pretos e olhos azuis nos cercou – Oi, eu sou o Tom – falou com seu sotaque britânico
- Ah, então você é o Tom – eu falei. Ele riu
- Já ouviu falar de mim é?
- Algo assim - Ele colocou dois copos nas nossas mãos e ficou conversando com a gente. Outras pessoas chegavam e nos cumprimentavam. Eu queria desesperadamente olhar em volta procurando você sabe quem. Mas não fiz isto. Nikki se afastou e eu fiquei conversando com o Tom, até que ele era um cara legal. E depois de um tempo eu percebi porque eu gostava dele. Ele parecia com o Rob. Assim, o mesmo estilo brincalhão. E de repente Rob se materializou na minha frente.
- Oi
- Oi, cara, legal sua amiga - Eu quis gritar: “nós não somos amigos!” Mas se não éramos amigos éramos o que? Rob riu pra mim.
- Sim, ela é - Eu lancei-lhe um olhar irônico
- Ela já tinha ouvido falar de mim – Tom comentou – O que você falou pra ela Rob?
- Eu não falei nada. A Kristen tira as conclusões sozinha
Eu não estava afim de começar outra batalha verbal. Ainda mais na frente do amigo dele. E eu sabia que estava preste a explodir
- A Kristen vai encher o copo dela! - falei sarcástica e me afastei por entre as pessoas. Mas a festa estava cheia. Muito cheia. Da onde tinha saído todas aquelas pessoas? Eu tentei passar por entre a multidão, o som estava alto e eu me perguntei como nenhum vizinho não tinha chamado a polícia. Alguém colocou um copo cheio na minha mão. Eu tomei um gole, sem ao menos saber o que era. Precisava achar a Nikki. Mas onde ela se metera?
- Da licença? - eu pedia insistentemente me indagando como é que eu tinha concordado em estar ali. Até que um engraçadinho virou, tropeçando em mim e o copo virou todo na minha blusa
- Hei, olha por onde anda! - gritei exasperada, mas duvido que ele tenha escutado devido a altura da música.
- Droga! - falei por entre os dentes. Minha blusa estava arruinada. Tentei continuar passando por entre as pessoas, caçando a Nikki pra gente dar o fora dali. Se antes não estava afim de ficar, agora que não queria mesmo. De repente alguém puxou meu braço. Eu já ia xingar, quando vi que era Rob.
- Hei, onde vai com tanta preça? – perguntou. Eu indiquei minha blusa
- Não é óbvio? Algum idiota derrubou cerveja em mim. - Ele riu
- Esta brava por causa disto? Não é o fim do mundo, Kristen
- Não sei porque tento conversar com você ainda! Preciso achar a Nikki - eu tentei virar, mas ele me puxou
- Ela saiu. Foi buscar mais bebida com o Can
- Droga!
- Vem, eu te empresto um blusa
- Não vou usar nada seu - Ele riu
- Ta bom, pode ficar assim também. Garanto que ninguém vai reclamar – ele olhava pra minha blusa e eu segui seu olhar, e fiquei roxa quando vi que estava completamente transparente
- Droga! A Nikki disse se ia demorar? - perguntei meio desesperada, cruzando os braços em frente ao peito. Como se adiantasse agora!
- Eu não sei.
- Tá, eu aceito sua oferta - Ele segurou minha mão e fomos passando por entre as pessoas até o quarto dele. Certo, eu me arrependi na mesma hora. Mas já era tarde. Se eu saísse correndo ia ser pior. Só ia provar que eu estava totalmente perturbada da cabeça. E de quem era a culpa? Não minha com certeza. Enquanto ele fechava a porta atrás de nós eu olhei em volta, era um lugar despojado como todo o apartamento. Afinal, era temporário. Só ficaríamos ali até terminar as gravações. E até que não era tão bagunçado, como eu imaginava. Eu sorri pra mim mesma
- Esta rindo do que? - Eu dei de ombros
- Achei que fosse mais bagunçado
- Kristen e suas conclusões precipitadas - Eu sorri
Não sei porque de repente eu me sentia mais relaxada. Devia estar me sentindo mais tensa do que nunca. Mas não. Era como se, fechando a porta atrás de nós, pudéssemos ser nós mesmos de novo.
- Culpada – eu falei sorrindo e ele devolveu meu sorriso.
Continua...